Série do Jornal do Commercio traz o drama das gestantes negligenciadas na Grande Recife

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 11/08/2014 às 8:05
Da Rádio Jornal, com informações do Jornal do Commercio Imagem: Arte/Jornal do Commercio Imagem: Arte/Jornal do Commercio Do domingo (10) até a terça-feira (12), o Jornal do Commercio exibe em sua publicação a séria de reportagens "Tarde demais", que trata o difícil périplo realizado pelas gestantes que dependem do Sistema Único de Saúde. As três reportagens do especial, que tem uma versão on line, são da jornalista do caderno Cidades, Amanda Tavares. Os textos trazem relatos de como a falta de atendimento adequado na rede pública de saúde trouxe dor e sofrimento para as famílias. Os números assustam: 60% das gestantes de Olinda, Paulista e Jaboatão são encaminhadas as maternidades do Recife. Além disso, em média, 102 mulheres morrem por ano em Pernambuco no pós-parto devido a vários fatores como hemorragia. Na reportagem publicada no domingo (10), Vanda Menezes, de 34 anos, relembra todos os detalhes do nascimento de João Henrique. O bebê morreu 15 minutos depois do parto, no Instituto De Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). A mãe diz que passou por uma verdadeira via crucis até o trágico desfecho: Em nota, o Imip informa que o bebê morreu em 23 de janeiro devido a uma grave doença congênita. Imagem: Arte/Jornal do Commercio Imagem: Arte/Jornal do Commercio O pedreiro João Luiz Benício da Silva, de 24 anos, entende bem o sofrimento de Vanda, com a sensação de vazio ainda maior. João Luiz perdeu o filho e a mulher. A esposa dele, Carina de Lima e Silva, de 23 anos, procurou atendimento no Hospital Petronila Campos, em São Lourenço da Mata, diversas vezes e teve sintomas de tromboembolia negligenciados. Carina morreu horas depois da retirada do bebê, já sem vida, no Hospital Barão de Lucena. O caso revoltou os moradores que protestaram na frente da unidade de saúde da Prefeitura de São Lourenço da Mata. João Luiz responsabiliza o Hospital Petronila Campos pela morte da jovem companheira e do filho: Em nota, o hospital informou que o laudo do Sistema de Verificação de Óbito (SVO) concluiu que a morte da paciente era inevitável. Já o Comitê Estadual de Mortalidade Materna avaliou o caso e chegou à conclusão de que a morte seria provavelmente evitável. Nesta segunda-feira, a série Tarde Demais aborda o drama vivido em maternidades do Grande Recife durante uma gravidez seguida de aborto espontâneo. A jornalista Karol Pacheco, de 24 anos, conta o sofrimento da violência obstetrícia sofrida no parto do primeiro filho e a humilhação passada após sofrer um aborto espontâneo na segunda gravidez. Leia também: Negligência na hora do parto destrói os sonhos de várias famílias ''Eles nos tratam assim porque acham que nós provocamos o aborto''