Cadastro Nacional de Adoção mostra 215 crianças à espera de uma família em Pernambuco

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 26/08/2014 às 6:41
Da Rádio Jornal, com informações da Agência CNJ de Notícias Imagem ilustrativa. Foto: reprodução/internet Imagem ilustrativa. Foto: reprodução/internet O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) passa a disponibilizar no seu Portal na internet estatísticas relativas ao perfil dos pretendentes à adoção e das crianças aptas a serem adotadas no país. A medida faz parte de um esforço da Corregedoria Nacional de Justiça para dar maior transparência aos dados nacionais que o órgão administra. Os dados disponibilizados já eram coletados pelo CNJ desde a criação do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), em 2008, mas somente agora estão disponíveis para consulta pública. Quem acessar o CNA poderá extrair informações estatísticas com diversos recortes. No relatório de pretendentes, por exemplo, é possível saber o número exato de homens, de mulheres e de casais inscritos no Cadastro. Também é possível destacar a faixa salarial dos interessados a adotar uma criança, assim como a distribuição dos pretendentes quanto ao seu estado civil. O CNA foi criado há seis anos pelo CNJ para ajudar juízes das varas de Infância e Juventude no cruzamento dos dados entre aqueles interessados em participar de processos de adoção e as crianças aptas a esse procedimento em todo o país. Atualmente, há mais de 31,6 mil pretendentes a pais e mães em diferentes partes do Brasil e cerca de 5,5 mil crianças disponíveis para adoção. De acordo com o cadastro, há 215 crianças ou adolescentes esperando uma família e 729 pretendentes a pais e mães em Pernambuco, um número mais de 3,3 vezes maior. Então, porque ser adotado ainda é tão difícil? À primeira vista, pode parecer que a conta não fecha, porém os pretendentes exigem um perfil que não é facilmente encontrado nos abrigos. Na maioria dos casos, os casais ou pessoas preferem bebês, e, além disso, do sexo feminino e brancos. Se a criança a criança tiver irmãos, irá encontrar maiores dificuldades, ou então, serão separadas. Esse perfil restrito, explica o número de crianças que acabam ficando no abrigo e a dificuldade do processo. O banco de dados foi criado para consolidar informações de todas as comarcas do Brasil referentes a crianças e jovens destituídos ou não do poder familiar que se encontram em abrigos ou em casas de famílias acolhedoras.