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O lamentável caso de discriminação contra o goleiro dos Santos, Aranha, gerou uma série de debates sobre racismo, um grave problema do futebol e da sociedade em geral. Sobre o assunto, Rhaldney Santos conversou com a procuradora de Justiça e Coordenadora do Grupo de Enfrentamento a Discriminação Racial do Ministério Público de Pernambuco, Maria Bernadete Figueiroa.
A procuradora destacou que os negros vivenciam a discriminação cotidianamente. "Apenas quando um caso extrapola e atinge um universo grande se torna conhecido pela grande mídia", explicou Maria Bernadete.
A procuradora da justiça ainda destacou que as pessoas não têm dimensão da gravidade para quem é vítima do racismo e que nós vivemos em uma sociedade racista. "O racismo é tão evidente que, num estádio lotado, as pessoas não se revoltaram contra aquela pessoa. Até o juiz foi alertado pelo jogador de que estava sendo chamado de "macaco" e o juiz não teve uma atitude de solidariedade", lembrou Figueiroa.
Em Pernambuco, existem Grupos de Trabalho contra o Racismo dentro das Polícias Militar e Civil, criados pela necessidade de interação entre o trabalho da justiça, do Ministério Público e da polícia.
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