Procuradora de Justiça destaca que negros vivenciam discriminação cotidianamente

Da Rádio Jornal
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Publicado em 01/09/2014 às 19:12
  Goleiro Aranha, do Santos, foi vítima de racismo no jogo contra o Grêmio, na quinta-feira (28) Foto: Divulgação Goleiro Aranha, do Santos, foi vítima de racismo no jogo contra o Grêmio, na quinta-feira (28)
Foto: Divulgação

O lamentável caso de discriminação contra o goleiro dos Santos, Aranha, gerou uma série de debates sobre racismo, um grave problema do futebol e da sociedade em geral. Sobre o assunto, Rhaldney Santos conversou com a procuradora de Justiça e Coordenadora do Grupo de Enfrentamento a Discriminação Racial do Ministério Público de Pernambuco, Maria Bernadete Figueiroa.

A procuradora destacou que os negros vivenciam a discriminação cotidianamente. "Apenas quando um caso extrapola e atinge um universo grande se torna conhecido pela grande mídia", explicou Maria Bernadete.

A procuradora da justiça ainda destacou que as pessoas não têm dimensão da gravidade para quem é vítima do racismo e que nós vivemos em uma sociedade racista. "O racismo é tão evidente que, num estádio lotado, as pessoas não se revoltaram contra aquela pessoa. Até o juiz foi alertado pelo jogador de que estava sendo chamado de "macaco" e o juiz não teve uma atitude de solidariedade", lembrou Figueiroa.

Em Pernambuco, existem Grupos de Trabalho contra o Racismo dentro das Polícias Militar e Civil, criados pela necessidade de interação entre o trabalho da justiça, do Ministério Público e da polícia.

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