Políticos do PT, PMDB, PP, PTB e Solidariedade são acusados de corrupção na Petrobras

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 06/09/2014 às 17:00

Do JC Online eduardo-470-2 Campos é um dos três governadores que estariam no esquema Foto: Heudes Régis / JC Imagem

O ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, acusa ministros, senadores, governadores e deputados envolvidos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. De acordo com reportagem da revista Veja desta semana, Costa, preso em março pela Polícia Federal, citou em depoimentos de delação premiada nomes como os dos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). As denúncias da revista, no entanto, não trouxeram documentos nem valores. [Romoaldo de Sousa traz informações direto de Brasília] Costa, preso desde março, acusa ainda três "governadores", em Estados onde a Petrobras tem investimentos: Sérgio Cabral (PMDB) ex-governador do Rio, Roseana Sarney (PMDB), atual governadora do Maranhão, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência da República morto no mês passado em um acidente aéreo.

Do Senado, Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR). Entre deputados, o petista Cândido Vaccarezza (SP) e João Pizzolatti (SC), do PP. O ex-ministro das Cidades e ex-deputado Mario Negromonte, do PP, também é citado.

Ainda de acordo com a revista, Costa admitiu que as empreiteiras contratadas pela companhia tinham, obrigatoriamente, que contribuir para um caixa paralelo destinado à base aliada do governo. Quem fazia ponte com o esquema no PT, segundo Costa, era o tesoureiro nacional do partido, João Vaccari Neto.

Desde sexta feira, 29 de agosto, Paulo Roberto está depondo em regime de delação premiada para tentar obter o perdão judicial. Os depoimentos são todos filmados e tomados em uma sala na Custódia da PF em Curitiba.