"Não fazemos tudo pelo poder, como fez o PT e como faz a Marina", diz Luciana Genro

Da Rádio Jornal
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Publicado em 24/09/2014 às 13:07
Da Rádio Jornal Foto: Rafael Souza/Rádio Jornal Foto: Rafael Souza/Rádio Jornal Nesta quarta-feira (24), o comunicador Geraldo Freire recebeu a candidata a Presidência da República pelo PSOL, Luciana Genro, no debate da Super Manhã. Durante uma hora, como era de se esperar, temas polêmicos como descriminalização da maconha, desmilitarização da polícia, tributação de fortunas, a relação dela com o PT e o financiamento público de campanha não podia faltar. Luciana Genro chegou acompanhada pelo candidato a governador pelo PSOL, Zé Gomes, a candidata a senadora, Albanise Pires, e outros postulantes a deputados estaduais e federais do partido. Luciana cumpre agenda de campanha no estado, incluindo uma sabatina em universidade. Sobra a legalização da maconha e de outras drogas, Luciana Genro se mostrou firme no posicionamento favorável. Essa política de segurança baseada na guerra às drogas fracassou, disse. Para a candidata, a maconha só é uma porta de entrada para outras drogas porque seu consumo está ligado ao tráfico. Ela afirmou ainda que já fumou maconha e não vê problemas nisso. "Nunca fui uma usuária contumaz, mas na minha adolescência era normal fumar", finalizou. Sobre a desmilitarização da polícia, Luciana Genro disse que a mudança não significa desarmar a polícia, mas sim desvincular a Polícia Militar das Forças Armadas. "Precisamos de uma polícia que não seja treinada para a guerra, mas para garantir os direitos humanos. Há casos de policiais que morrem durante o treinamento, são tratamento de sessão de tortura", completou. Luciana Genro ainda afirmou que o policial precisa saber como lidar com as manifestações. "Meia dúzia de jovens quebrando bancos não justifica a postura altamente violenta da polícia. Eu mesma levei bomba de gás no Rio Grande do Sul, da polícia do meu pai (Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul)", disse. A candidata do PSOL criticou a política econômica de exploração do pré-sal e de gerenciamento da Petrobras. "A reestatização completa da Petrobras seria muito complexa. Todos os atuais candidatos defendem um rejuste do preço da gasolina para melhorar a situação da Petrobras. Isso é uma mentira, é a pressão do mercado", concluiu. Sobre o financiamento público de campanha, Luciana afirmou que colocaria os candidatos em condições mais justas na disputa eleitoral. "A minha campanha gastou até agora 200 mil reais. A da Dilma prevê gastar 300 milhões de reais. Ela deve gastar em um dia o que eu gastei na campanha inteira. E não é só ela, Aécio e Marina também", disse. "Não fazemos tudo pelo poder, como fez o PT e como faz a Marina", finalizou. A candidata ainda defendeu a tributação de grandes fortunas para garantir mais verba para a educação. "Nossa proposta é taxar as grandes fortunas. 5% nas fortunas acima dos 50 milhões de reais. Isso nos daria 90 bilhões de reais por ano", disse. Ouça no áudio abaixo: