Foto: reprodução/JC Online
Em coletiva de imprensa concedida na manhã desta quinta-feira (2) o ex-secretário de Ressocialização de Pernambuco, Romero Ribeiro, e a sua esposa, a vereadora Mônica Ribeiro, negaram desconhecer a detenta Eliane Santos Silva que descumpriu a prisão domiciliar, além de afirmar que ela não fez parte da eleição de Mônica em 2012. O coronel da Polícia Militar foi exonerado após deúncia feita pelo Jornal do Commercio, pelo governador de Pernambuco, João Lyra Neto.
Romero assumiu a Secretaria de Ressocialização, a Seres, em janeiro de 2011 com o compromisso de gerenciar as unidades prisionais. Atualmente a população carcerária é de 30 mil pessoas quando o número de vagas é suficiente para apenas dez mil.
A 1ª Vara de Execuções Penais investiga a participação de Elide Santos Silva na campanha eleitoral de 2012, quando a detenta aproveitou a prisão domiciliar para fazer campanha em prol da Mônica Ribeiro, mulher do secretário Romero Ribeiro. Ela havia sido condenada a 17 anos de prisão pelo assassinato de um ex-presidente do Sindicato dos Taxistas de Olinda.
Elide era monitorada por tornozeleira eletrônica. As violações do perímetro que ela não podia ultrapassar foram registradas pelo centro de monitoramento da Seres. Mas as infrações não foram comunicadas à 1ª Vara de Execuções Penais, para que o benefício fosse suspenso, como determina a lei. Depois que o Ministério Público de Pernambuco fez a denúncia à Justiça, a detenta perdeu o direito da prisão domiciliar e voltou ao regime fechado.
Eleita vereadora com expressiva votação, Mônica Ribeiro mantêm o silêncio ao ser procurada pela imprensa para falar sobre o assunto. Elide Santos Silva chegou a postar fotos com o casal em rede social da internet com mensagem político partidária.
Após a demissão do coronel Romero, quem assume o cargo temporariamente é Bernardo D'Almeida, o atual secretário estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Nos bastidores, o mais cotado para o cargo é o juiz Humberto Inojosa, magistrado com ampla experiência no sistema prisional.
O promotor da vara de execuções penais, Marcellus Ugiette, afirma que a mudança será positiva:
Confira o comentário de completo de Marcellus Ugiette: