Nesta terça-feira (21), o debate da JC News discutiu as doenças de verão: dengue e chikungunya. Antonio Martins Neto recebeu o gerente da unidade de vigilância de zoonoses da Prefeitura do Recife, Jurandir Almeida, e o médico infectologista, Luciano Arraes.
Jurandir Almeida disse que "este é um período propício para a proliferação dos mosquitos". Ele ainda explicou que o trabalho para acabar com os focos do mosquito começam muito antes deste período, em que se registram os maiores números de infectados. Jurandir acredita que com a possibilidade de chikungunya foi retomado o estado de atenção com relação à dengue. Segundo o vigilante, a população "se acostumou com a dengue".
O médico infectologista falou sobre a chikungunya e disse que a dengue hemorrágica é mais perigosa que a doença. "É um quadro bem semelhante com o da dengue, mas é um pouco mais arrastado que o da dengue", alertou o médico. "Dificilmente vai ter um quadro evolutivo como o da dengue, um quadro hemorrágico ou de choque, geralmente o tratamento vai ser com analgésicos e hidratação", completou.
A febre chikungunya é uma doença viral parecida com a dengue, transmitida por um mosquito comum em algumas regiões da África. Nos últimos anos, inúmeros casos da doença foram registrados em países da Ásia e da Europa. Recentemente, o vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e na Guiana Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o estado do Amapá. No Brasil, a preocupação é que o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela, têm todas as condições de espalhar esse novo vírus pelo País.
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