Cientista político lembra que presidente precisa ser apartidário e elogia postura de Dilma

Da Rádio Jornal
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Publicado em 07/11/2014 às 15:00

Da Rádio JC News

O acordo feito entre PT e PSDB na última quarta-feira (5) para evitar a convocação de políticos na CPI mista da Petrobras gerou uma crise entre os tucanos. O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, desautorizou a negociação e divulgou uma nota nesta quinta-feira (6) negando que o partido tivesse feito um acerto nesse sentido.

Adriano Oliveira, cientista político, reforçou a análise que havia feito na semana passada também na coluna Pesquisa e Opinião. "Eu lembro que disse que os resultados da CPI da Petrobras poderiam permitir uma confluência de interesses", lembrou. "Os partidos da câmara dos deputados e também os que estão no Senado, inclusive PT e PSDB, podem descobrir com o avançar das investigações que é melhor para a sobrevivência deles um acordo do que uma guerra", avaliou. "Os resultados da CPI e os resultados que virão da delação premiada certamente podem sugerir não o rompimento do PT com os PSDB e outros partidos, mas uma grande cooperação, porque várias pessoas de diversos partidos podem estar envolvidas", completou.

Outro assunto foi o questionamento feito à presidente Dilma Rousseff de que o PT a orientava a ter um posicionamento mais esquerdista, de procurar os partidos mais da esquerda. Como resposta a presidente respondeu: "Eu não represento o PT. Represento a presidência. Na opinião do PT é a opinião do partido, não me influencia. Represento o país, não sou presidente do PT, sou presidente dos brasileiros". O cientista político, Adriano Oliveira, elogiou o posicionamento da presidente."Um presidente precisa ser apartidário, logo após ser eleito, ele foi eleito por um partido mas, no momento que ele está no Palácio do Planalto, ele não está ali como presidente da república do PT ele precisa atender todos os interesses da população e, acima de tudo, conversar com todos os partidos políticos", destacou. "Esta frase da presidente tem esse sentido: ela quer se colocar acima do partido, coloca acertadamente seu governo acima do PT", apontou Adriano.

Confira a coluna Pesquisa e Opinião: