Advogado que acompanhou caso de acusado de canibalismo pode pedir adiamento do julgamento

Da Rádio Jornal
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Publicado em 13/11/2014 às 8:59
Do NE10 João Augusto Caraciolo informou que atuava com Ranieri Aquino na defesa de Jorge Beltrão Negromonte Foto:Luiz Pessoa/NE10 João Augusto Caraciolo informou que atuava com Ranieri Aquino na defesa de Jorge Beltrão Negromonte. Foto: Luiz Pessoa/NE10 O advogado João Augusto Caraciolo, que atuou por dois anos e meio com Ranieri Aquino na defesa de Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 51 anos, está no Fórum de Olinda, na Grande Recife, na manhã desta quinta-feira (13) e quer pedir para trabalhar no julgamento. Os profissionais foram destituídos do caso dos canibais em outubro passado porque Ranieri está preso acusado de improbidade administrativa quando era prefeito de Sanharó, no Agreste de Pernambuco. João Augusto afirma que foi pego de surpresa com a decisão judicial para a equipe deixar o caso. Há duas semanas, a juíza Maria Segunda Gomes de Lima determinou que a defensora pública Tereza Joacy assumisse o caso. O advogado pretende atuar junto com Tereza Joacy, mas a decisão se isso poderá acontecer será pela juíza, no início do julgamento. Caso a juíza impeça a participação do advogado, ele já avisou que pedirá a suspensão do julgamento. O julgamento do trio de canibais está previsto para começar às 9h. Formado por Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 52 anos; Isabel Cristina Torreão Pires, 53; e Bruna Cristina Oliveira da Silva, 28, o trio é acusado de matar de esquartejar a moradora de rua Jéssica Camila da Silva Pereira, à época com 17 anos, em maio de 2008, na casa onde moravam, no bairro de Rio Doce, em Olinda. Eles também são acusados de comer a carne do corpo. Se conseguir fazer a defesa de Jorge, Caraciolo terá como estratégia pedir que ele passe por tratamento, usando como argumento o laudo do INSS que o aponta como portador de esquizofrenia paranoide. Segundo o exame de sanidade mental pedido pela juíza, o acusado não tem a doença, sendo imputável, o que quer dizer que pode responder pelo crime, se considerado culpado.