Policial Militar acusado de matar amante grávida é condenado a 37 anos de prisão

Da Rádio Jornal
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Publicado em 02/12/2014 às 6:23

Atualizada às 18h50


Foto: arquivo pessoal

O o ex-policial Militar, Marco Antônio Medeiros Silva, foi condenado, nesta terça-feira (2), a 37 anos de prisão. Ele foi considerado culpado pela morte de Taciana Barbosa Carvalho que tinha 32 anos e estava no oitavo mês de gestação quando foi vista pela última vez, no terminal de ônibus de Rio Doce, Olinda, no domingo do Dia das Mães, 11 de maio de 2008. O corpo de Taciana ainda não foi encontrado. O homem foi réu nos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, ocultação de cadáver e aborto. A defesa vai recorrer da decisão.

A sessão começou às 9h, no Fórum de Olinda, com a juíza Maria Segunda Gomes de Lima e a promotora Eliana Gaia, as mesmas que atuaram no julgamento dos “Canibais de Garanhuns”. Familiares, amigos e integrantes de movimentos de defesa das mulheres utilizaram faixas, cartazes, camisas e carro de som para chamar atenção da morte da mulher. Marcos Antônio Medeiros, de 38 anos, esteve preso durante todo este período, por porte ilegal de armas. Além disso, ele foi expulso da Polícia Militar. O repórter Rafael Carneiro acompanhou o julgamento pela manhã.




Foto: Isabela Lemos / Rádio Jornal

Segundo Maurício Gomes da Silva, advogado de defesa, as acusações não têm cabimento, já que não há provas, nem testemunhas do crime. Se condenado por todos, o acusado poderia receber pena de até 60 anos.




Foto: Isabela Lemos / Rádio Jornal

O pai da vítima se mostrou confiante da condenação do ex-policial. O homem não sabia do relacionamento da filha com Marco Antônio até que ele compareu à casa da família os ameaçando:

O julgamento seria realizado no dia 27 de novembro, mas o advogado do ex-PM faltou à sessão, alegando que estava doente. Valdimir dos Santos, irmão da promotora de Vendas, Taciana Barbosa Carvalho, acredita em justiça:

RELEMBRE O CASO -


Foto: Reprodução / banner do site Secretaria da Mulher

Na época do crime, Taciana mantinha um relacionamento extraconjugal com Marco Antônio Medeiros Silva. Segundo testemunhas, o ex-policial Militar não aceitava a gravidez. Ele teria convidado a promotora de vendas sob o pretexto de entregar um presente pelo Dia das Mães.

Segundo a denúncia encaminhada pelo Ministério Público, o acusado sequestrou, matou, subtraiu objetos e jogou o corpo da vítima no mar da praia de Itamaracá, amarrado por correntes e preso a âncoras de ferro.