COMBATE À FOME

"O Bolsa Família não leva ninguém à vagabundagem", diz Tereza Campello em entrevista à Rádio Jornal

A Ministra do Desenvolvimento e Combate à Fome estará em Recife e Gravatá nesta quarta-feira para agendas institucionais

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 10/03/2015 às 9:55
Ministra Tereza Campello. Foto: Arquivo/Agência Brasil


A Ministra do Desenvolvimento e Combate à Fome, Tereza Campello, conversou com o comunicador Geraldo Freire em uma entrevista exclusiva para a Rádio Jornal. Ela adiantou o projeto dos Bancos de Sementes, que será lançado nesta quarta-feira (11), em Gravatá, além de ter comentado temas como convivência com a seca e Bolsa Família.

Tereza Campello, que está à frente do Ministério desde o início do Governo Dilma, tem família no Recife e uma ligação forte com o Nordeste. Ela tem agenda importante no Estado, que começa com uma reunião com Paulo Câmara, no Recife, e termina com o lançamento dos Bancos de Sementes, em Gravatá.

O projeto dos Bancos de Sementes terá investimento de R$ 22,4 milhões e vai beneficiar 12,8 mil famílias de agricultores do Semiárido Nordestino. A ideia é apoiar a inclusão produtiva rural de famílias pobres da região.

Os bancos funcionam como um espaço para guardar sementes crioulas e sementes nativas, que devem preservar a qualidade do feijão e do milho, além de outras culturas. A medida também visa melhorar a qualidade da produção, já que as sementes vindas do Sul do país não são adaptadas ao clima e acabam não rendendo tanto quanto o esperado.

A ministra adiantou que uma das pautas que vai tratar com o governador Paulo Câmara é a continuidade de programas como a implantação de cisternas em populações carentes no semiárido. Durante o primeiro mandato de Dilma, foram colocadas 786 mil cisternas, a maioria de placa. Somando com o governo Lula, o Governo Federal, em parceria com a sociedade civil, estados e municípios, já entregou mais de 1 milhão de equipamentos.

Sobre o Bolsa Família, Tereza lembrou que é importante atualizar o cadastro a cada dois anos para garantir o acesso às informações reais sobre os beneficiários. A ministra ressaltou que o benefício ainda existe um preconceito muito grande com os beneficiários e que o dinheiro não leva ninguém à "vagabundagem", já que o percentual de adultos inscritos no programa é o mesmo daqueles que não recebem. "É dinheiro investido no Nordeste, porque esse dinheiro a família gasta nos comércios locais e faz Pernambuco continuar crescendo", disse.