ENTREVISTA

Professores não querem dialogar, diz Paulo Câmara sobre campanha salarial

Em relação aos números do Pacto pela Vida, governador diz que índices devem melhorar ainda em março.

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 25/03/2015 às 10:45
Foto: Edmar Melo/Arquivo JC Imagem


Nesta quarta-feira (25), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), passou por uma sabatina com os comunicadores da Rádio Jornal Geraldo Freire, Wagner Gomes, Graça Araújo e Rafael Souza. O principal tema da conversa foi as possibilidades de greve em pernambuco e as questões salariais, mas também foram tratados assuntos como segurança, economia e relações com o Governo Dilma.

Sobre as denúncias do Sindicato dos Professores da Rede Estadual (Sintepe), que diz que a gestão do socialista está destruindo o plano de cargos e carreira, Paulo Câmara disse que os professores não estão entendendo a postura do governo. Segundo ele, o reajuste dado no começo do mês apenas faz a adequação dos professores que não recebiam o piso salarial e que novos reajustes serão tratados ao longo do ano. "Essa atitude reflete apenas o sentimento de pessoas que não querem dialogar. Fazer paralisação não ajuda a realidade econômica do Estado", diz.

Em relação à proposta de dobrar o salário dos professores e tornar o piso salarial de R$ 4 mil, Paulo Câmara afirmou que as propostas serão cumpridas dentro dos próximos anos. "Temos o compromisso de dobrar o salário e vamos, mas não agora", diz. O governador afirmou ainda que a data-base para reajuste é em junho. Uma nova rodada de negociações será realizada entre o Estado e os professores na próxima segunda-feira (30).

Paulo Câmara ainda comentou os dados do Pacto Pela Vida, que não conseguem alcançar as metas de redução da violência desde o mês de dezembro de 2014. "Se tudo der certo, conseguiremos a redução do número de homicídios já em março", diz. "É um cenário muito complexo", completa.

Sobre a reunião da presidente Dilma com os governadores de estados do Nordeste, Paulo Câmara lembra que a região passa por um processo difícil, assim como o País, com perca de postos de empregos, além da seca que atinge a região há quatro anos. "Vamos mostrar claramente o cenário da Região Nordeste e vamos solicitar que as obras estruturadoras, principalmente as obras de recursos hídricos e as que estão em andamento, não sofram contingenciamento", afirma.