EDUCAÇÃO

Professores paralisam atividades e cerca de 650 mil alunos da rede estadual ficam sem aula

A categoria resolveu cruzar os braços para pressionar o governo a atender a pauta de reivindicações.

Da Rádio Jornal atualizada às 15h30
Da Rádio Jornal
atualizada às 15h30
Publicado em 25/03/2015 às 8:13
Na sexta-feira (13), depois de assembleia, os professores saíram em protesto pelo Centro do Recife. Foto: Mariana Dantas/NE10


Professores da rede estadual de ensino resolveram paralisar as atividades nestas quarta (25) e quinta-feira (26) para pressionar o Governo do Estado nas negociações salariais. Os docentes exigem aumento de 13,01% para toda a categoria, além do plano de cargos e carreira. Os professores da rede estadual de ensino avaliam como positiva as ações da categoria, nesta quarta de paralisação da classe. Cerca de 700 mil alunos do Estado ficam sem aula ainda nesta quinta (26), já que os quase 40 mil professores ativos da rede decidiram cruzar os braços por 48 horas.

O governo concedeu esse percentual apenas aos professores que possuem magistério, o que representa menos de 10% da Classe. Para os que possuem ensino superior, o reajuste foi de 0,89%, o que iguala o salário de todos em pouco mais de R$ 1.900.

O Sindicato alega que a medida desregula o plano de cargos e carreira da categoria, desvalorizando o professor. O presidente do Sindicato dos Professores da Rede Estadual (Sintepe), Heleno Araújo, explica os próximos encaminhamentos.

O governo estadual reagiu com surpresa ao anúncio da paralisação por parte dos professores. A alegação é de que as conversas com o Sindicato transcorriam de maneira normal, inclusive com mais uma reunião marcada.

Nenhuma medida punitiva foi anunciada por conta da paralisação de dois dias. O secretário de Administração de Pernambuco, Milton Coelho, explica que ainda tramita na Assembleia Legislativa projeto que iguala os salários dos professores.

Na Escola Estadual Dom Carlos Coelho, que fica em Campo Grande, Zona Norte do Recife nenhum dos 400 alunos foi à escola nesta quarta-feira. Já na Escola de Referência Clovis Beviláqua, que fica no Hipódromo, também na Zona Norte, funcionários resolveram fazer uma faxina, já que alunos e professores não estão no local. De acordo com a instituição de ensino, os estudantes foram avisados que as atividades vltam ao normal na sexta-feira (27).



Estudantes se juntaram ao movimento dos professores e fizeram um protesto em frente à escola Luiz Delgado, no bairro de Santo Amaro. Depois eles saíram em passeata até o Palácio do Campo das Princesas.