A cidade de Petrolina fica no Sertão de Pernambuco e é um dos 56 municípios da região que decretaram situação de emergência por conta da seca. Apesar de ser cortada pelo Rio São Francisco, a estiagem prolongada é a pior dos últimos 84 anos e afeta os agricultores que dependem da chuva para plantar, além dos que vivem da agricultura irrigada.
A produção no Vale do São Francisco emprega 240 mil pessoas. Petrolina é o segundo maior produtor de uva do país e no cenário estadual também se destaca cultivo de manga e goiaba. A produção chega a um milhão de toneladas por ano e o total de área usada pela agricultura irrigada no plantio ultrapassa os 120 mil hectares.
Mas, sem água, esses números correm risco. No primeiro trimestre de 2015, o volume de exportação da uva, por exemplo, caiu de 42 mil toneladas para 30 mil, o que significa uma redução de 30% em comparação ao ano passado.
Como período chuvoso no Sertão vai de janeiro até abril e as chuvas estão abaixo do esperado, o futuro não é animador. Vilmar Cappellaro chegou a Petrolina em 1981 e há trinta e quatro anos cultiva frutas na região. Ele está preocupado com o futuro do Vale do São Francisco mesmo sabendo que o setor tem potencial para crescer. Mas, com a seca prolongada, a oferta de água diminuiu e alguns agricultores estão deixando as plantações e mudando de ramo. Quem conta essa história é o repórter da Rádio Jornal Petrolina, Marco Aurélio.
O perímetro irrigado do Vale do São Francisco consome apenas 1% da vazão da barragem de Sobradinho. Neste sábado (11), você acompanha a situação da Região Metropolitana do Recife, que sofre com o racionamento de água e o aumento no número de casos de dengue.