O juiz, ex-vereador e o advogado, Clóvis Corrêa, que representa o primo Pedro Corrêa judicialmente, concedeu entrevista exclusiva nesta sexta-feira (10) para a bancada da Rádio Jornal sobre o novo mandato de prisão do ex-deputado, desta na Operação Lava Jato, que investiga corrupção e desvios de verba em órgãos públicos. Atualmente o médico cumpre pena no regime fechado na penitenciária de Canotinho, Agreste do Estado, pelo processo conhecido como Mensalão do PT.
Como Pedro Corrêa já cumpriu 1/6 da pena, era esperado que ele fosse liberado para o regime semi-aberto. A multa de R$ 47 mil exigida para a progressão de pena foi paga nessa quinta-feira, porém, com o novo mandato de prisão, a expectativa de liberação pode ser frustrada.
De acordo com Clóvis Corrêa, que é primo de Pedro Corrêa, como o ex-parlamentar está preso, ele não deve ser levado para curitiba junto com os demais presos na 11ª fase da Operação Lava Jato. Por isso, um filho e uma nora dele foram levados para prestar depoimento. Ouça a entrevista completa:
Com declarações fortes, Clóvis Corrêa afirmou que a corrupção faz parte da política e não está nos eleitos, e sem no processo eleitoral. "Um deputado federal precisa ter 90 mil votos e isso custa R$ 8 milhões. Se o sujeito só ganha R$ 1,5 milhão, onde ele vai arranjar esse dinheiro?", disse.
Clóvis Corrêa ainda afirmou que a corrupção na política é causada pelos eleitores, que vendem o voto, e pelos financiadores das campanhas, que esperam retorno do investimentos. "Os financiadores pedem ajuda, pedem aprovação de projetos. Os deputados se tornam meros despachantes dos empresários", disse.
Em relação à responsabilidade de Pedro Corrêa nos processos investigados pela Operação Lava Jato, Clóvis afirmou que o juiz Sérgio Moro está sempre correto. "Os advogados de indiciados esperam que ele cometa um erro, mas esse cidadão nunca erra", diz.