EDUCAÇÃO

Em assembleia, trabalhadores em educação de Pernambuco decidem radicalizar greve

Apesar da liminar concedida pelo Tribunal de Justiça determinando que a greve é ilegal e da ameaça de descontos nos salários, a maioria dos professores continua em greve

Da Rádio Jornal atualizada às 14h45
Da Rádio Jornal
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Publicado em 17/04/2015 às 10:27
Foto: NE10


Reunidos no Centro de Convenções, em Olinda, desde o início da manhã desta sexta-feira (17), os professores e todos os trabalhadores em educação da Rede Estadual de Ensino decidiram que vão continuar em greve. De acordo com a diretora de Comunicação do Sintepe, Magda Cristine, a paralisação será intensificada e radicalizada. A votação pela continuidade da greve foi feita de maneira unânime e aconteceu por volta das 11h20.

Após a assembleia, os professores saíram do Centro de Convenções e caminharam pela Avenidade Agamenon Magalhães. Eles interditaram um trecho da via, na altura da vice-governadoria do Estado, no sentido Centro.



Uma comissão foi recebida pelo vice-governador Raul Henry. De acordo com o presidende do sindicato, Fernando Melo, o vice-governador se mostrou sensível à causa. Uma nova assembleia vai ser realizada pela categoria no dia 27 deste mês.

A categoria deflagrou a paralisação na segunda-feira (13) para reivindicar 13,01% para todos os professores da rede estadual de ensino. Nessa quinta-feira (16), grupos de estudantes saíram às ruas para manifestar apoio a greve na rede estadual de ensino.


Foto: Diego Nigro / JC Imagem


Apesar da liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco na última quarta-feira (15), que determina o retorno imediato ao trabalho, a maioria dos professores continua em greve. Enquanto isso, o Governo do Estado diz que a retomada das negociações depende do fim do movimento paredista. Por outro, o presidente do Sintepe, sindicato que representa a categoria, Fernando Melo, diz que é complicado discutir a pauta com tantas incoerências. O Sindicato vai entrar com recurso contra a decisão liminar que considera a greve ilegal.

Em março, a Assembleia Legislativa aprovou projeto do executivo que concede o percentual de 13,01% apenas para quem tem o antigo magistério. Para os demais professores, que inclusive tem graus mais altos de instrução, o reajuste foi de apenas 0,89%.