EDUCAÇÃO

Professores grevistas da rede estadual só vão receber salário depois do Dia do Trabalhador

Sindicato da categoria afirma que há uma perseguição aos ativistas. Greve na rede estadual completa duas semanas sem avanços.

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 27/04/2015 às 5:53
Foto: Diegro Nigro/JC Imagem


A assembleia geral dos professores da rede estadual de ensino de Pernambuco, marcada para esta segunda-feira (27), é cercada por grande expectativa. O encontro vai acontecer às 14h, no Clube Português, nas Graças, e deve reunir parcela significativa da categoria. Os educadores iniciaram a paralisação no dia 13 de abril para reivindicar reajuste salarial para todos. Enquanto isso, o projeto de lei do Governo do Estado aprovado na Alepe prevê um reajuste de 13,01% apenas a quem tem o magistério.

Mesmo após a justiça ter determinado o retorno imediato às salas de aula e ampliado de R$ 30 para R$ 80 mil a multa diária a ser paga pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco, Sintepe, a categoria segue em greve. Os professores denunciam que os grevistas estão sendo afastados das escolas de referência do ensino médio e sofrendo assédio moral.

Além disso, quem aderiu ao protesto só vai receber o salário no dia 5 de maio, enquanto os demais vão ter o valor do contracheque pago na integra na data original, a próxima quarta-feira (29). Quem participa da paralisação terá descontados os dias de greve.

Os números sobre a adesão à greve divergem entre Governo do Estado e Sindicato. Enquanto o Sintepe afirma que a adesão é de 70% dos funcionários públicos, o governo coloca os contratos temporários na conta e diz que a adesão é de apenas 10%.

O Ministério Público foi acionado para apurar as reclamações sobre assédio moral contra quem está de braços cruzados. Por mais de uma vez a Secretaria de Educação informou que o diálogo será retomado apenas após a volta às aulas. O presidente do Sintepe, Fernando Melo, afirma que há sim perseguição: