A assembleia geral dos professores da rede estadual de ensino de Pernambuco, marcada para esta segunda-feira (27), é cercada por grande expectativa. O encontro vai acontecer às 14h, no Clube Português, nas Graças, e deve reunir parcela significativa da categoria. Os educadores iniciaram a paralisação no dia 13 de abril para reivindicar reajuste salarial para todos. Enquanto isso, o projeto de lei do Governo do Estado aprovado na Alepe prevê um reajuste de 13,01% apenas a quem tem o magistério.
Mesmo após a justiça ter determinado o retorno imediato às salas de aula e ampliado de R$ 30 para R$ 80 mil a multa diária a ser paga pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco, Sintepe, a categoria segue em greve. Os professores denunciam que os grevistas estão sendo afastados das escolas de referência do ensino médio e sofrendo assédio moral.
Além disso, quem aderiu ao protesto só vai receber o salário no dia 5 de maio, enquanto os demais vão ter o valor do contracheque pago na integra na data original, a próxima quarta-feira (29). Quem participa da paralisação terá descontados os dias de greve.
Os números sobre a adesão à greve divergem entre Governo do Estado e Sindicato. Enquanto o Sintepe afirma que a adesão é de 70% dos funcionários públicos, o governo coloca os contratos temporários na conta e diz que a adesão é de apenas 10%.
O Ministério Público foi acionado para apurar as reclamações sobre assédio moral contra quem está de braços cruzados. Por mais de uma vez a Secretaria de Educação informou que o diálogo será retomado apenas após a volta às aulas. O presidente do Sintepe, Fernando Melo, afirma que há sim perseguição: