CINEMA

Helena Ignez: "O Cinema brasileiro é um cinema de resistência"

Atriz é uma das homenageadas do Cine PE 2015 e participa com a filha, a atriz Djin Sganzerla, do quadro "Sessão de Cinema" da Rádio Jornal

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 08/05/2015 às 23:37
Atrizes Helena Ignez e Djin Sganzerla. Mãe e filha participaram do quadro Sessão de Cinema do programa Movimento. Foto: Houldine Nascimento / Rádio Jornal

A coluna Sessão de Cinema do programa Movimento desta sexta-feira (8) contou com as presenças ilustres da cineasta e atriz Helena Ignez, uma das homenageadas da 19° edição do Cine PE, e de sua filha, a também atriz Djin Sganzerla, que compôs o júri do festival. O comunicador Marcelo Araújo e o jornalista Houldine Nascimento conversaram com as duas convidadas no estúdio da Rádio Jornal.

No bate-papo, Helena Ignez fala sobre a homenagem recebida no Cine PE e agradece pelo troféu Calunga de Ouro, maior honraria do festival. Além disso, ela relembra sua trajetória no cinema brasileiro, a forte presença no Cinema Novo e na corrente que ficou conhecida como Cinema Marginal, onde teve a oportunidade de ser dirigida pelo marido, o cineasta Rogério Sganzerla.

A carreira de Djin também foi tema da conversa. Um dos momentos mais importantes foi quando ela trabalhou com o falecido diretor Carlos Reichenbach em "Falsa Loura".

Ouça a entrevista na íntegra:


Helena Ignez deixou claro que não lhe agrada a nomenclatura "Cinema Marginal". Para ela, o nome, que costuma ser utilizado para definir alguns trabalhos realizados na década de 1970 por Rogério Sganzerla e outros diretores como Julio Bressane, traz uma visão reducionista. Com Rogério, Helena trabalhou em títulos como "O Bandido da Luz Vermelha", "A Mulher de Todos" e "Copacabana Mon Amour".

As duas atrizes também ressaltam a qualidade do cinema pernambucano. No Cine PE, o longa-metragem do estado, "Permanência", de Leonardo Lacca, foi o grande vencedor, com cinco prêmios, incluindo filme e atriz para Rita Carelli. Djin Sganzerla integrou o júri responsável pela escolha e destacou a força do trabalho. Helena Ignez também fala sobre o momento do cinema brasileiro, que para ela é um cinema de resistência.

Em 2010, Helena e Djin resolveram dar continuidade ao clássico "Bandido da Luz Vermelha" ao rodar "Luz nas Trevas". Helena Ignez foi uma das diretoras junto a Ícaro Martins e Djin Sganzerla atuou no projeto. O ator André Guerreiro Lopes, que é casado com Djin, é um dos protagonistas.

O filme também conta com a presença de Ney Matogrosso. No começo da conversa, Helena Ignez também lembrou o slogan "Pernambuco Falando para o Mundo", da Rádio Jornal. "Eu sinto assim: Helena Ignez falando para o mundo", brinca.