TRANSPORTE

Motorista de ônibus em que universitária morreu diz que porta abriu sozinha por causa da superlotação

O profissional trabalhava na linha Barro / Macaxeira há apenas um mês

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 12/05/2015 às 14:04
Foto: Ricardo B. Labastier / JC Imagem


Para o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, a morte da estudante do segundo ano de Biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Camila Mirele Pires, foi uma fatalidade.

Nesta terça-feira (12), o motorista de 31 anos que conduzia o ônibus da linha Barro/Macaxeira no momento do ocorrido apresentou a versão dele sobre o fato. Ainda abalado pela triste notícia, disse que o coletivo estava muito lotado e que não percebeu quando a porta se abriu sozinha, pois havia superlotação no carro. Para o profissional que estava trabalhando na linha há cerca de um mês, é comum enfrentar má condição de trabalho diariamente.

Sem se identificar, o rodoviário apresentou a versão. O condutor disse ainda que existe um dispositivo que abre a porta quando acionada, e que é comum ocorrer isso quando há superlotação:

Também nesta terça, a Delegacia de Delitos no Trânsito iniciou o processo de ouvidas para esclarecer as circunstância da morte. O pai e a mãe da vítima prestaram depoimento ao delegado Nilson Mota. Três universitários, cobrador e motorista que estavam no coletivo serão ouvidos.

A perícia do ônibus que vai ajudar a polícia no caso já foi realizada pelo Instituto de Criminalística. As imagens da câmera do veículo foram solicitadas.

Em nota, o Grande Recife Consórcio de Transporte informou que está acompanhando as investigações e que vai se pronunciar, depois do fim do trabalho da polícia. A empresa Metropolitana, responsável pela linha Barro/Macaxeira, disse que vai aguardar o resultado do laudo pericial para se posicionar.

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