JULGAMENTO

Entra no segundo dia julgamento de PMs acusados de torturar e matar dois adolescentes em 2006

O júri popular está sendo realizado na Primeira Vara Criminal do Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra

Da Rádio Jornal
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Publicado em 21/05/2015 às 16:38
Foto: Alexandro Auler/ acervo JC Imagem


O segundo dia de julgamento dos quatro policiais militares acusados de torturar e matar dois adolescentes no carnaval de 2006 segue com debates entre defesa e acusação. O júri popular está sendo realizado na Primeira Vara Criminal do Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, na área central do Recife. Na tarde desta quinta-feira (21), é a vez do advogado José Siqueira da Silva Júnior fazer suas considerações. Ele terá 2h30 para convencer o júri da inocência dos PMs no caso. A estratégia utilizada é a de que os policiais estavam seguindo ordens do comandante da operação, o tenente Sebastião Antônio Félix.

Pela manhã, o promotor do Ministério Público, André Rabelo, pediu a condenação para o ex-sargento Aldenes Carneiro Silva; e para os ex-soldados José Marcondi Evangelista, Ulisses Francisco da Silva e Irandi Antônio da Silva. O magistrado detalha a participação dos policiais no crime.

O advogado de defesa sustenta a tese de que os jovens estavam promovendo arrastões no carnaval. Para negar de que eles eram estudantes, a defesa levou a ficha escolar deles. O advogado também afirma que, no rio, nenhum dos jovens pediu socorro:

No período da noite, o promotor do Ministério Público André Rabelo pediu a absolvição de um dos policiais acusados, o ex-soldado Irandi Antônio da Silva, já que durante o crime o policial ficou dentro da viatura e não participou de forma efetiva da ação.

Os PMs estão respondendo por duplo homicídio e mais onze tentativas triplamente qualificadas, por motivo fútil, uso de crueldade, sem chance de defesa para as vítimas. No crime, ocorrido há nove anos, 17 jovens foram levados em duas viaturas até a Ponte Joaquim Cardoso, nos Coelhos, onde foram agredidos e jogados no Rio Capibaribe. Dois deles morreram por não saber nadar. Outros quatro policiais também serão julgados no próximo semestre.

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