O novo relatório da situação das maternidades da Região Metropolitana do Recife apresentado pelo Comitê Estadual de Estudos da Morte Materna mostrou que as unidades obtiveram poucas melhorias no atendimento e na estrutura. Sete maternidades foram visitadas, entre elas três privadas com convênios com Sistema Único de Saúde (SUS). Nestas, ficou evidente que o número de cesarianas chega a mais de 90%.
Entre 2012 e 2014, o Governo Federal, por meio da Rede Cegonha, destinou R$ 84 milhões a Pernambuco e o uso deste recurso deve ser aplicado mais na regulação da central de leitos e na formação de enfermeiros obstetras, de acordo com o comitê. Outro registro preocupante é a média de 110 mortes de mulheres por ano no estado, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza sete situações inevitáveis por ano, o apresentado no Canadá, por exemplo.
No Recife, por exemplo, só nestes três primeiros meses, 11 mortes foram registradas, quase o número preliminar de 2014. Sandra Valongueiro, integrante do Comitê Estadual de Estudos da Morte Materna, diz que a mudança se dá a partir de um pré-acompanhamento mais eficiente de gestantes:
A sondagem feita por médicos, enfermeiros e representantes de ONGs vai ser encaminhada em forma de relatório para o Ministério Público de Pernambuco e para as unidades visitadas.