MARCHA DAS VADIAS

Ativistas vão às ruas do Recife para protestar contra o machismo e a violência de gênero

Cerca de 1.000 pessoas participaram do manifesto na Praça do Derby.

Da Rádio Jornal Com informações do NE10
Da Rádio Jornal
Com informações do NE10
Publicado em 30/05/2015 às 19:46
Foto: Leonardo Spinelli/Jornal do Commercio


A violência contra a mulher e a culpabilização das vítimas de estupro ainda é muito presente em nossa sociedade. Contra a cultura do machismo, o movimento Marcha das Vadias Recife foi às ruas neste sábado (30), para pedir uma sociedade mais igualitária e menos preconceituosa.

O grupo feminista se concentrou na Praça do Derby, área central do Recife, por volta das 14h. No local, os participantes, a maioria mulheres, confeccionaram faixas e realizaram performances, apresentações de dança, além de intervenção de grafitagem e a leitura do manifesto. Uma das organizadoras do protesto na capital pernambucana, Wedja Martins, explica a importância do manifesto:

O protesto, que acontece sempre no último sábado de maio, é marcado pelas redes sociais em todo o mundo. Este ano, o movimento pediu a legalização do aborto e a inclusão dos transexuais no debate dos direitos femininos. As ativistas saíram em marcha pela Avenida Conde da Boa Vista e seguiram em direção ao Cinema São Luís, na Rua da Aurora.

De acordo com o manifesto do grupo, apenas em 2014, 249 mulheres foram assassinadas em Pernambuco apenas pelo fato de serem mulheres, crimes considerados como feminicídio e penalizados como crimes hediondos desde março de 2015.

HISTÓRIA - A Marcha das Vadias surgiu no dia 3 de abril de 2011, em Toronto, Canadá, com a expressão SlutWalk. Na primeira edição, a manifestação defendeu o direito das mulheres de se vestir, andar e agir de forma livre. Elas protestaram contra um policial que, numa palestra, sugeriu que as alunas sofriam abuso sexual e eram vítimas de estupro por se vestirem como "vagabundas" (“slut” em inglês).