FEMINICÍDIO

Após encontrar corpo de Maria Alice sem uma das mãos, delegada chama padrasto de “monstro”

A jovem de 19 estava desaparecida há cinco dias quando teve seu corpo encontrado pela Polícia com ajuda do suspeito

Da Rádio Jornal
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Publicado em 25/06/2015 às 6:41
O corpo de Maria Alice foi encontrado por volta das 15h dessa quarta-feira, terceiro dia de buscas. Foto: Ísis Lima/Rádio Jornal


A delegada Gleide Ângelo do Departamento de Homicídios e Proteção À Pessoa (DHPP) ouviu, nesta quinta-feira (25), o depoimento de Gildo da Silva Xavier, que confessou informalmente ter matado a enteada. O corpo de Maria Alice de Arruda Seabra Amorim, de 19 anos, foi encontrado nessa quarta-feira (24). A garota estava desaparecida há 5 cinco dias.

Nessa quarta, o ajudante de pedreiro colaborou com as buscas pelo corpo da jovem, que já estava em decomposição. Muitos curiosos também acompanharam a procura e a polícia precisou realizar um esquema de proteção pois a população ficou agressiva ao ver o homem. Saiba mais na reportagem de Ísis Lima:

A polícia precisou da presença do suspeito para localizar o corpo, que estava em um local de difícil acesso dentro de um canavial no Engenho Burro Velho, que fica no quilômetro 28 da BR-101 Norte, entre as cidades de Itapissuma e Goiana. Depois de apontar o local, Gildo foi encaminhado para o DHPP, onde está preso.

O tio de Maria Alice, Valdeir Arruda, também esteve no departamento e disse que soube pela imprensa que o corpo da sobrinha havia sido encontrado. Ele diz que a mãe da garota está em estado de choque e sendo mantida à base de remédios.

A menina era criada pelo suspeito de matá-la há 15 anos. Foto: reprodução/facebook


O corpo da jovem estava sem a mão esquerda, mas só os trabalhos da perícia vão poder indicar qual teria sido a causa da lesão e o motivo da morte. Além disso, Maria Alice estava com roupas masculinas que seriam do padrasto. Os peritos do Instituto de Criminalística não gravaram entrevista com a imprensa. Ainda não se sabe se a garota foi vítima de abuso sexual.

A delegada Gleide Ângelo só vai se pronunciar oficialmente sobre o caso nesta quinta-feira, às 14h, durante coletiva de imprensa. Ao voltar da cena do crime, a delegada utilizou o termo “monstro”, para classificar Gildo Xavier. Durante o processo, o crime praticado pelo ajudante de pedreiro deverá ser tipificado como feminicídio, já que se trata de um caso de violência doméstica. A tipificação de crime hediondo torna a pena mais longa e o cumprimento dela mais rigoroso.