A Primeira Vara da Justiça Federal em Pernambuco determinou a desocupação imediata do prédio da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), localizado no Engenho do Meio, na Zona Oeste do Recife. O juiz federal Roberto Wanderley Nogueira atendeu uma liminar movida pela Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região que classificou as condições de funcionamento do imóvel como “precárias e insalubres”. A ação foi divulgada horas antes de tomar posse como superintendente da Sudene, o ex-prefeito do Recife e ex-deputado federal pelo PT, João Paulo Lima.
O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região determinou o fechamento do Fórum Advogado José Barbosa de Araújo onde funcionam as 23 varas do trabalho do Recife, nesta terça e na quarta. Durante esse período também ficam suspensos os prazos processuais – incluindo processos físicos e eletrônicos – no fórum. A medida foi adotada, preventivamente, pelo tribunal em decorrência da decição da Justiça Federal sobre a evacuação do edifício. A justiça determinou, ainda, que os mobiliários, aparelhos de informática e documentos sejam retirados do imóvel em até 5 dias.
A cerimônia foi realizada no auditório do 13º andar do prédio. O evento contou com a participação de governadores de vários estados do Nordeste, entre eles Ricardo Coutinho, da Paraíba, e Paulo Câmara, de Pernambuco, além de outras autoridades políticas e lideranças sociais. A melhoria do prédio, que começou a ser construído em 1969 e foi inaugurado em 74, foi tema do discurso do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi.
Por outro lado, João Paulo ressalta os demais desafios à frente da Sudene e as especulações sobre uma possível candidatura dele para prefeito do Recife em 2016.
João Paulo foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff há uma semana. Ele assume o lugar de José Márcio de Medeiros Maia e se torna o quarto superintendente da nova Sudene, recriada por meio de lei complementar em 2007. A justiça concedeu prazo de cinco dias para que os responsáveis pelos 15 órgãos públicos que funcionam no imóvel retirem equipamentos e documentos indispensáveis à continuidade dos serviços.