PARALISAÇÃO DOS RODOVIÁRIOS

Presidente da Urbana-PE diz que vai entrar com ação indenizatória contra sindicato dos rodoviários

Segundo Fernando Bandeira, alguns motoristas querem trabalhar mas são impedidos de sair das garagens por outros profissionais

Da Rádio Jornal
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Publicado em 03/08/2015 às 10:22
Presidente da Urbana-PE, Fernando Bandeira
Foto: Ísis Lima

O presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus do Recife (Urbana-PE), Fernando Bandeira, conversou com o comunicador Geraldo Freire sobre a paralisação surpresa dos rodoviários, nesta segunda-feira (3). Ele disse que vai entrar com uma ação de indenização por todos os prejuízos que o sindicato está provocando à população.

De acordo com ele, alguns motoristas querem trabalhar mas são impedidos de sair das garagens por outros profissionais. "Eles fazem piquetes e através desses piquetes eles amedrontam os motoristas que querem ir trabalhar", acusou o presidente. "Isso é uma ditadura. É cara impedir que o outro trabalhe. Eu acho isso um absurdo principalmente quando se deixa toda uma população no meio da rua sem nenhum tipo de transporte", completou Bandeira.

Fernando Bandeira falou ainda sobre a dificuldade em negociar com o sindicato dos rodoviários por conta das dissidências no sindicato. "Você tem duas lideranças paralelas. Uma é Roberto Carlos, que realmente é motorista da CUT, mas esse é até um rapaz equilibrado. E na outra você tem uma liderança que não é da categoria, é ligado ao Conlutas e candidato à vereador", disse Bndeira. "Quer dizer, pra ele quanto pior melhor e joga a categoria como massa de manobra", afirmou o presidente se referindo, possivelmente, a Aldo Lima.

O presidente disse ainda que recebeu a informação da paralisação apenas às 3h30. Nesse horário já tinham saído alguns coletivos, mas os outros foram impedidos. Ele falou ainda sobre a decisão liminar do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Fernando Bandeira disse que quando a proposta foi feita era pra não haver movimento paredista, mas a categoria não aceitou e ocasionou na greve, então o processo foi judicializado. Agora cabe apenas esperar para saber o que a justiça vai definir sobre a redução ou não do salário e dos tíquetes.

Confira a entrevista completa: