EDUCAÇÃO

"Não há solução mágica para a educação", afirma Renato Janine Ribeiro

A preocupação em melhorar o ensino básico também foi relatada por Renato Janine. Segundo ele, há mais de 20 anos esse assunto passa pela cabeça dos profissionais que assumiram o cargo de ministro da Educação

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 06/08/2015 às 13:39
Foto: Agência Brasil



Seis das dez melhores escolas públicas do Brasil, de grande porte, com alunos de nível socioeconômico baixo ou muito baixo, estão em Pernambuco, segundo desempenho no Enem do ano passado. O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, conversou com o jornalista Wagner Gomes nessa quinta-feira (06) sobre o assunto.

O ministro destacou que nota não é tudo e que o que mais influencia nela é o nível social do aluno: "Por exemplo, se você é de um nível socioeconômico muito alto, a sua média geral do país vai ser 611. Se você é de um nível socioeconômico muito baixo, a média geral do país é 429. Dá quase 200 pontos de diferença e isso é fruto da desigualdade social brasileira”.

Ainda sobre as escolas, Renato Janine afirmou que, muitas vezes, as melhores são as que têm poucos alunos e podem focar mais neles. O ministro justificou que as escolas de maior porte, com mais de 90 alunos, têm mais dificuldade de ter nota alta, porém, o trabalho educativo delas é muito maior. Na conversa, o ministro falou que uma das coisas mais importantes na educação é pesquisar o que faz o aluno melhorar e o que faz ele piorar.

A preocupação em melhorar o ensino básico também foi relatada por Renato Janine. Segundo ele, há mais de 20 anos esse assunto passa pela cabeça dos profissionais que assumiram o cargo de ministro da Educação. "Nós só vamos melhorar a educação quando todas as autoridades estiverem comprometidas", comentou Renato Janine.

A situação dos professores no Brasil, atrelada à crise que o país vive, também foi falada pelo ministro. "A questão não é simples porque você forma um professor melhor, mas o salário pago a ele nem sempre é o ideal", enfatizou.

Ouça a entrevista na íntegra: