Era para ser realizada uma acareação entre testemunhas do caso da morte de José Bernardino da Silva Filho, 49 anos, o Betinho do Agnes como era conhecido. Há mais de três meses ele foi encontrado no apartamento onde morava, no centro do Recife, com os pés e o pescoço enrolados por fios de eletrodomésticos.
Dois jovens que frequentavam a casa do pedagogo para consumir drogas e fazer sexo, Rafael Gouveia Torpe e Richard Breno Cavalcante, haviam sido investigados e liberados, depois foram chamados novamente. Mais duas mulheres, apresentadas por advogados de defesa dos alunos do colégio Agnes, suspeitos do crime, que teriam ouvido a confissão de Rafael e Richard como executores de Betinho também foram ao Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) prestar esclarecimentos.
Uma outra mulher, que teria testemunhado que mãe e filha sabiam que os dois jovens eram os culpados, não compareceu a pedido dos advogados de defesa do caso. O titular da Primeira Delegacia de Homicídios, Alfredo Jorge, explica o motivo dos novos depoimentos das testemunhas:
Com isso, a investigação de que os dois alunos, de 17 e 19 anos, do Agnes, vão ser indiciados é reforçada. Contra eles, a polícia tem como provas as digitais e uma outra prova que só será divulgada na conclusão do caso, no fim deste mês. A mesma coisa ocorre com a motivação, negada em depoimento pelos suspeitos.