De passagem por Pernambuco, nesta sexta-feira (21) antes de embarcar para o Estado, a presidente Dilma Rousseff conversou com uma rádio de Petrolina sobre a criação de vagas para o curso de medicina no interior.
Dilma anunciou a ampliação de vagas para o curso de medicina no interior de Pernambuco. "A Univasf foi selecionada para participar do programa de expansão do Ensino Médico, que é uma das ações mais importantes do Programa Mais Médicos", apontou. "A ideia é criar mais faculdades de medicina nas universidades, interiorizando, levando para Petrolina e Cabrobó um centro de formação de médico, permitindo que um médico seja formado aí e, sendo assim, tem grande chance dele querer ficar e atender a população local", destacou a presidente. Segundo ela, até o final do processo, serão 120 vagas de medicina na região.
A presidente ainda falou sobre a visita ao Estado e as obras de transposição no Nordeste. A previsão é que a integração do Rio São Francisco fique pronta em 2016.
Ouça os detalhes na reportagem de Natália Hermosa:
“Nós estamos concluindo todos os 477 km da integração do São Francisco até dezembro do ano que vem”, garantiu a presidente, destacando ainda que esta é a maior obra de segurança hídrica do país.
A presidente ainda falou sobre a situação atual do Rio São Francisco que, segundo ela, “está sofrendo muito com essa seca”. “Eu mesmo vi como o rio está baixo. Não controlamos o padrão de chuvas do Brasil, então temos de conviver com ele. É por isso que nós construímos a interligação do São Francisco”, explicou Dilma, que ainda apontou que pouca água será utilizada do rio.
Dilma destacou os benefícios da obra e, como exemplo, citou algumas cidades beneficiadas. “Em Petrolina e Juazeiro, que tem projetos fantásticos de irrigação, [a obra é importante] para que eles [os projetos] tenham viabilidade”, disse.
A visita da presidenta ao Sertão do Estado servirá, também, para inaugurar um trecho da obra, uma estação de bombeamento de 30 metros de altura. “Essa estação vai pegar água embaixo do São Francisco, bombear, usando energia elétrica, e levar ela para cima e, a partir daí, nós temos um canal já pronto de 45 a 46 km. Esse canal do eixo Norte vai permitir armazenar água nos canais e nos reservatórios que vão ficando pronto, como é o caso de Tucutu e de Terra Nova”, explicou. “Armazenar água garante que nos momentos em que houver seca nós possamos fornecer água para a população. Tanto para acabar sede da população quanto também para também dar água para os animais e para as plantações”, concluiu a presidente.
A presidente ainda justificou os atrasos na construção da ferrovia Transnordestina. Segundo ela, questões ambientais, desapropriações e, além disso, alguns apontamentos de auditorias que prontamente foram resolvidos pela concessionária privada atrasaram a obra.