Paralisação

Farmácia do Estado regulariza serviços, mas servidores ameaçam nova paralisação

Os terceirizados da Farmácia tinham decidido cruzar os braços na manhã desta sexta, em reivindicação à falta de pagamento do mês de julho

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 21/08/2015 às 9:26
Foto: Diego Nigro / JC Imagem

Depois de um principio de confusão e muita conversa entre os funcionários terceirizados da Farmácia do Estado e os pacientes que aguardam na fila para receber os medicamentos, os funcionários decidiram retomar as atividades nesta manhã. Os terceirizados da Farmácia tinham decidido cruzar os braços na manhã desta sexta-feira, em reivindicação à falta de pagamento do mês de julho. 90% dos serviços prestados na farmácia são realizados por esses funcionários, desde a recepção até a entrega dos remédios, são 110 os terceirizados que trabalham.

Rinaldo Lima, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Terceirizadas, falou sobre o ato de manifestação, e explicou as reivindicações dos terceirizados. "Na quarta-feira tivemos uma reunião com o secretário de governo, o senhor Marcelo Canuto, e ele nos garantiu que ia agilizar para que fosse feito o pagamento às empresas, e, consequentemente aos trabalhadores. Não houve essa solução e ontem à noite, a empresa Adlim disse que não ia pagar, porque o estado está devendo. Segundo o Sindicato Patronal, em reunião com o Sindicato dos Empregados, o estado deve R$200 milhões a essas empresas, e, por isso, elas nao tem condições de pagar nem a folha de julho, nem a de agosto, caso o estado nao venha a pagar, por conta disso, resolvemos paralisar", afirmou. "Como esse pessoal que está na fila veio de interiores longíquos, desde a 4h da manhã, fizemos uma reunião com os trabalhadores, eles entenderam a questão e vão atender apenas os usuários que já estão na fila. À partir de segunda-feira, não adianta nem vir, não vai ter expediente, salvo se a empresa pagar hoje, coisa que estamos considerando impossível", completou.

A população que precisa dos remédios tambem conversou com a reportagem da Rádio Jornal. Lauro José de Santos, de Ouro Preto, Olinda, já foi 5 vezes a Farmácia do Estado para buscar um medicamento para a esposa, e não encontra. "Estou aqui desde às 4h30 da manhã, há 5 meses que eu venho aqui e não tem, o remédio custa noventa e poucos reais, e estou nessa situação", contou.

São 12 mil funcionários terceirizados do estado que estão sem receber o pagamento de acordo com o Sindicato que representa a categoria, a Farmácia do Estado deve ser regularizada na manhã de hoje, mas, possivelmente, nao vai abrir na semana que vem.

Confira os flashes de Clarissa Siqueira: