CPI

Contradições marcam audiência da CPI da Petrobrás desta terça-feira

Na acariação ficaram frente a frente o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef

Da Rádio Jornal
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Publicado em 26/08/2015 às 8:30
Foto: Lula Marques/ Agência PT

Uma acariação cheia de contradições marcou a audiência da CPI da Petrobrás desta terça feira (25), quando ficaram frente a frente o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef.

Logo no começo da acariação, Paulo Roberto Costa disse que em 2010, ele teria sido procurado pelo ex-ministro Antonio Palocci, para que fossem repassados R$2 milhões do esquema de corrupção da Petrobrás, para as contas da campanha da presidente Dilma Roussef. "Eu autorizei repassar os R$2 milhões que eram de conta do PP para a campanha de 2010", disse.

Segundo Paulo Roberto Costa, a pessoa que deveria entregar o dinheiro à tesouraria da campanha da presidente seria Alberto Youssef, mas o doleiro não confirmou o repasse. "Eu não conheço o Palocci, e ninguém fez nenhum pedido a mim para que eu pudesse arrebanhar recursos para a campanha da presidente Dilma no ano de 2010", afirmou.

O relator da CPI, o deputado Luiz Sérgio, do PT do Rio de Janeiro, reclamou que mesmo Paulo Roberto Costa e Alberto Youseff tendo assinado o termo de delação premiada nas investigações da Lava Jato, ao chegarem na CPI, um dos dois, ou os dois, estavam mentindo. "Fica a dúvida. Algum, evidentemente, está tendo ou problema de memória ou mentindo", comentou.

Em pelo menos um momento, Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa afinaram o depoimento, que foi quando eles foram perguntados sobre o repasse de R$1 milhão para a campanha da senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná. Ontem a noite, a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral, votou para dar andamento nas investigações das contas de Dilma roussef, agora em 2014. A ministra do TSE Luciana Lócio, pediu vista quando a votação estava 4x1, para que as investigações fossem em frente. O tribunal tem 7 ministros, mas qualquer um deles pode, mesmo que já tenha votado, rever o voto.