O procurador geral da República, Rodrigo Janot, foi reconduzido ao cargo para mais dois anos depois de enfrentar uma sabatina de mais de 10 horas e as críticas ferrenhas do senador Fernando Collor de Melo, do PTB de Alagoas.
Janot não deixou por menos: mandou Collor se calar quando o senador tentou interrompê-lo durante a sabatina e negou espetacularização na Operação Lava Jato. “O que tem sido chamado de espetacularização da Operação Lava Jato nada mais é do que a aplicação de princípio fundamental de uma república: todos são iguais perante a lei. Pau que dá em Chico, dá em Francisco”, se defendeu.
Romoaldo de Souza traz os detalhes:
O procurador da República também negou que tivesse sido feito um acordão entre o Ministério Público, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional para livrar alguns políticos das investigações da Lava Jato.
Enquanto ainda corria dentro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a sabatina de Janot, fora da CCJ o cinegrafista Lucivaldo Silva de Souza, de 53 anos, sofria um infarto e era levado ao Hospital de Base. Lucivaldo trabalhava na TV Senado e tinha sido demitido pelo presidente Renan Calheiros quando houve “um limpa” para reduzir a quantidade de terceirizados.
O cinegrafista tinha ido ao Senado aproveitar a movimentação da casa e pedir emprego aos senadores. Ele morreu antes de receber atendimento na porta do hospital.