O enterro do policial Adriano Batista da Silva está marcado para às 15h, desta segunda-feira (31), no Cemitério Parque das Flores, no Recife. A morte do cabo vai ser investigada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O comando geral da Polícia Militar lamentou a morte do cabo Adriano e decretou três dias de luto em toda a corporação.
O repórter Rafael Carneiro traz os detalhes:
Sobre o soldado Flávio, o comando disse que ele passou por cirurgia neurológica e foi atendido pelo núcleo de dependentes químicos por uso de álcool. Depois que passou por tratamento, Flávio recebeu alta médica e foi reabilitado para o serviço militar.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados, Albérrison Carlos, disse que o crime é reflexo das pressões sofridas pelos PMs. Para ele, os profissionais estão carregados de estresse, cobranças e ainda sofrem com a desvalorização do serviço.
Era início de plantão nesse domingo (30), a viatura do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), formada pelo cabo Adriano Batista da Silva, e os soldados Flávio de Oliveira da Silva e Thaena de Lima Lemos Santos seguia para Guabiraba, local de trabalho na Zona Norte do Recife, quando uma discussão encerrou o que seria mais um dia de trabalho.
O cabo com 10 anos de corporação, que dirigia o veículo, decidiu voltar ao batalhão depois de uma discussão por motivo fútil com o soldado Flávio, quando foi surpreendido com um disparo de pistola ponto 40 na cabeça.
O carro trafegava pela Avenida João Batista Rego Barros, próximo ao Açude de Apipucos e do batalhão, quando perdeu o controle e atingiu mais dois carros. A policial e testemunha Thaene, foi quem controlou o volante até a viatura parar uns 300 metros à frente.
A vítima foi encaminhada para o Hospital da Restauração, mas não resistiu ao ferimento, morreu por volta das 11h.
O soldado Flávio de Oliveira da Silva, transferido do 17º batalhão, há um mês, ficou no local e não reagiu à prisão em flagrante. Ele foi autuado por homicídio qualificado, previsto no Código Penal Militar e fica à disposição do inquérito no Centro de Reeducação da PM (Creed).
A policial Thaena de Lima Lemos Santos, ficou em estado de choque, e o depoimento dela é importantíssimo para esclarecer o crime militar.
Em nota de pesar, o comandante geral da PM, Coronel Pereira Neto, lamentou o episódio que entristeceu a corporação e disse que todo apoio será prestado aos familiares da vítima. O cabo Adriano, como era conhecido, passou recentemente em prova para sargento e deixa esposa e filho.