LAVA JATO

Advogado de Pedro Corrêa descarta, no momento, delação premiada

Alexandre Loper disse que não há definição se haverá ou não colaboração, último recurso a ser utilizado para beneficiar o acusado

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 01/09/2015 às 10:44
Ex-deputado Pedro Corrêa
Foto: Agência Brasil

O advogado do ex-deputado Pedro Corrêa, Alexandre Loper, afirmou que ainda não há nada decidido sobre se o ex-parlamentar fará delação premiada. Ele descartou, no momento, a possibilidade. A informação foi repassada nesta terça-feira (1º), em entrevista ao comunicador Geraldo Freire.

“Ainda não existiu nenhuma reunião formal a respeito. Existem algumas conversas marcadas, mas ainda não há a definição se haverá colaboração ou não”, detalhou o advogado.

Alexandre Loper ainda comentou que a alternativa da colaboração é o último recurso a ser utilizado em benefício do acusado. “Ainda não recebemos as alegações finais do Ministério Público no processo. Então, ainda existem algumas providências processuais que vão acontecer e, dependendo do resultado delas, aí sim se fala seriamente em colaboração ou não”, destacou o defensor.

Segundo o advogado, a delação premiada pode acontecer em qualquer fase do processo, mesmo depois da sentença, e que este prazo, no caso de Pedro Corrêa, equivale a mais de um mês. “É claro que antes da sentença os benefícios podem ser melhores”, salientou.

Confira a entrevista completa:

Quando foi preso na Lava Jato, Corrêa já cumpria pena pela condenação no Supremo Tribunal Federal por seu envolvimento com o mensalão em 2012.

Na quarta-feira (26), Corrêa prestou depoimento à Justiça Federal em um dos processos da Lava Jato e disse que seus familiares não têm qualquer envolvimento com os fatos investigados no caso.

Segundo o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delatores da Lava Jato, Corrêa recebia pagamentos mensais do esquema e era um dos líderes do PP que decidiam como distribuir os recursos destinados ao partido.

Segundo Costa, ele recebeu R$ 5,3 milhões só na campanha eleitoral de 2010. Sua filha, a ex-deputada Aline Corrêa (PP-SP), também recebia pagamentos mensais do esquema, de acordo com Youssef.