CASO CAMILA

Familiares e amigos de Camila Mirele protestam contra condições do transporte público

A jovem morreu após cair de um ônibus na BR-101, há quatro meses

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 08/09/2015 às 14:55
Foto: Lélia Perlim/ Rádio Jornal

Amigos e parentes da estudante Camila Mirelle que morreu, há quatro meses, após cair de um coletivo na BR-101, no bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, começam a se reunir na Praça do Derby. O grupo se organiza para realizar um protesto, nesta tarde, na área central do Recife. A ideia é sair em caminha pela Avenida Conde da Boa Vista até o Palácio do Campo das Princesas.

Verônica Santos, mãe de Camila, explicou que o objetivo é chamar atenção da sociedade para a situação do transporte público. “Para que a gente acorde para esse transporte público que não é digno de um ser humano. Nós não somos respeitados. É uma passagem onde se paga caro e a minha filha pagou com a vida”, denunciou.

Confira os detalhes na reportagem de Lélia Perlim:

Verônica não tirou a culpa do motorista do coletivo, mas lembrou que também são culpados os empresários e o Governo do Estado que não fiscaliza as empresas. “Eles visam o lucro e não carregar o passageiro com segurança”, disse. A mãe de Camila está recolhendo assinaturas da população para levar o abaixo assinado até Brasília.

O inquérito foi concluído no mês passado. O motorista do ônibus, João Martins de Oliveira, 30 anos, que fazia a linha Barro/Macaxeira, foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, com o agravante de se tratar de veículo de transporte de passageiros.

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De acordo com a polícia, ele abriu a porta com o ônibus em movimento, provocando a queda da jovem. Além disso, a perícia comprovou que o sistema de trava da porta havia sido desativado antes do acidente. Se for condenado, o motorista pode pegar até seis anos de prisão. O Sindicato dos Rodoviários informou que vai aguardar a decisão da Justiça sobre o caso para tomar as medidas cabíveis.