MOBILIZAÇÃO

Familiares e amigos de Camila Mirelle vão às ruas para protestar contra falhas no transporte público

Camila Mirelle Pires da Silva, de 18 anos, morreu após cair do ônibus em que voltava para casa. Acidente aconteceu em maio

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 08/09/2015 às 6:30
Foto: reprodução/facebook


Amigos e familiares da estudante Camila Mirelle morta em maio deste ano depois de cair de um coletivo, se reúnem nesta terça-feira (8), em um ato para cobrar melhorias no transporte público. A manifestação está com a concentração marcada para às 14h, na Praça do Derby, com saída prevista para às 15h. A caminhada deve seguir pela Conde da Boa Vista em direção ao Palácio do Campo das Princesas.

Camila Mirele Pires da Silva, de 18 anos, era estudante do curso de Biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco e voltava para casa quando as portas do ônibus em que estava se abriram e ela caiu. A jovem não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Saiba mais na reportagem de Stephanie Männicke:

No dia 17 de junho, bandeira afirmou que o equipamento que evita que a porta abra, teria sido violado pelo grupo que estava com Camila dentro do coletivo. O inquérito do caso de Camila foi concluído pela polícia civil no último dia 24 de agosto e comprovou que o motorista abriu a porta antes de chegar na parada.

A perícia constatou que o mecanismo que impede a abertura das portas enquanto o ônibus está em movimento, o chamado “anjo da guarda”, estava desativado. O motorista do ônibus, João Martins de Oliveira, de 30 anos, foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Em entrevista à Rádio Jornal, a mãe de Camila, Verônica Santos afirmou que até agora, não houveram mudanças na segurança nos coletivos. Quando perguntada sobre o indiciamento do motorista do ônibus em que Camila estava, a mãe da jovem acredita que a empresa de ônibus Metropolitana, responsável pela linha, também seja indiciada. Verônica Santos também criticou a postura do presidente da Urbana PE, Fernando Bandeira.

Outros casos - Um mês depois de Camila, o estudante da Harlynton dos Santos, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, morreu depois de ser arremessado de um ônibus no Terminal do Cais de Santa Rita, área central do Recife.