O deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) foi duro e ácido ao comentar o cenário político nacional. Apesar de ser do mesmo partido do vice-presidente Michel Temer e do presidente da Câmara Eduardo Cunha, Jarbas é crítico severo das posturas do governo federal e já se declarou contrário à postura do chefe dos deputados.
A primeira crítica de Jarbas aos governos do ex-presidente Lula e da presidente Dilma foi sobre o gasto com programas sociais, o que ele considera exagerado e "sem limite". Para Jarbas, "o governo transformou o bolsa família numa compra de votos".
Sobre o corte necessário no orçamento, o ex-governador de Pernambuco disse que mexer nos impostos não é viável. "O governo tem de onde tirar e não tira", afirmou. A entrevista foi conduzida pelos comunicadores Geraldo Freire, Graça Araújo, Wagner Gomes e pelo jornalista Ivanildo Sampaio. Ouça a entrevista completa:
Para o parlamentar, no entanto, o processo de impeachment de Dilma não é viável, pois causaria um agravamento na crise política e social do país. "A gente tem que esperar pra ver se ela (Dilma) renuncia. A ficha dela não cai, porque ela vive no mundo da lua", disse. Jarbas ainda criticou Eduardo Cunha, afirmando que ele "não reúne a menor condição de presidir a casa e muito menos em presidir um processo de impeachment".
Na opinião de Jarbas, uma boa solução seria a renúncia, seguida de um governo de coalizão incluindo a "parte boa do PT". Perguntado como seria o cenário político sem Dilma, Jarbas disse que não a presidente não tem mais governabilidade, mas que não há como saber a reação do mundo político, caso ela renunciasse. "Um período pós Dilma hoje seria um processo difícil de avaliar agora, não há como saber com seria", completou.
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