ALERTA

Gêmeos com suspeita de difteria passam bem e tem boa evolução

Estado já registra oito casos da doença este ano

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 09/09/2015 às 14:37

O Hospital Universitário Oswaldo Cruz, na área central do Recife, informou que passam bem os irmãos gêmeos com suspeita de difteria. Cosme e Damião Sigernandes de Souza, de 19 anos, aguardam o resultado do diagnóstico da doença infecciosa causada por uma bactéria, que atinge o sistema respiratório.

Na próxima quinta-feira (19) eles fecham o ciclo de 14 dias de tratamento com antibióticos e devem ser liberados para voltar a Salgueiro, no Sertão. O médico infectologista do Oswaldo Cruz, Demétrius Montenegro, deu detalhes sobre o tratamento dos pacientes. “Desde o início da suspeita, ainda em Salgueiro, já foi iniciado o tratamento com antibióticos, a gente deu sequência a esse antibiótico e eles evoluíram bem”, explicou, destacando ainda que um dos irmãos apresentava placas na garganta e hoje já não tem mais.

Os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:

Um irmão mais novo dos gêmeos não teve sucesso no tratamento e não resistiu a falência múltipla dos órgãos. Ele seria transferido para o Recife, mas não houve tempo. O último registro de morte por difteria foi há 12 anos.

O infectologista disse que os cartões de vacinações dos três irmãos estavam em dia, com todas as marcações e que a falta da dose reforço da DT (difteria e tétano), que deve ocorrer a cada 10 anos, inclusive nos adultos, pode ter facilitado a ação da doença. Demétrius Montenegro alertou que é preciso que a população olhe o seu cartão de vacina e tome o reforço da dose.

Os sintomas de um paciente com difteria, podem começar com dor de garganta, febre, moleza e inchaço na região do pescoço.

Sobre o registro da doença, a Secretaria Estadual de Saúde já notificou quatro casos em Chã Grande, no Agreste, e aguarda o diagnóstico destes três irmãos de Salgueiro e de um novo caso de paciente em tratamento na rede hospitalar privada aqui do Recife. Apesar dos números, está descartada uma epidemia de difteria.