POLÍCIA FEDERAL

Operação Fanes desarticula quadrilha que fraudava INSS na Paraíba e em Pernambuco

Entre os 28 presos, está um funcionário da previdência social

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 10/09/2015 às 13:39
Foto: Divulgação/ Polícia Federal

Vinte e oito pessoas foram presas, incluindo um funcionário da previdência social, durante a Operação Fanes da Polícia Federal. A iniciativa desarticulou uma quadrilha que fraudava a concessão de benefícios do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), principalmente no Estado da Paraíba.

Entre os detidos, está um pernambucano. Dorgival Caetano da Silva, de 43 anos, foi preso em casa, no município de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Ele é suspeito de fazer parte do grupo, recrutando pessoas de Pernambuco para fraudar a solicitação das aposentadorias e pensões na Paraíba.

Giovani Santoro, chefe de comunicação da Polícia Federal em Pernambuco, disse que a operação começou quando uma agricultora procurou uma agência do INSS para relatar que haviam feito um empréstimo no nome dela. “A ação dessa quadrilha era bastante simples: eles recolhiam documentos de pessoas vivas como também mortas, davam entrada na concessão de aposentadorias e também de pensões por morte e, quando esses benefícios eram concedidos, eles forçavam essas pessoas a contraírem empréstimos consignados”, explicou, o dinheiro ia para o pagamento da quadrilha pelo trabalho ilegal.

Confira os detalhes na reportagem de Clarissa Siqueira:

As investigações, que começaram em outubro de 2014, apontaram que 185 benefícios foram concedidos de forma fraudulenta. Estima-se que a atuação do grupo tenha causado um prejuízo de mais de R$ 3 milhões aos cofres públicos.

Para tornar esse dinheiro legal, a quadrilha criou uma fábrica de sabão no município de Cajazeiras, na Paraíba. De acordo com Giovani Santoro, quem foi aliciado ou procurou a quadrilha para receber benefícios também pode responder criminalmente.

Todos os detidos durante a Operação Fanes vão responder judicialmente pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, inserção de dados falsos em sistema de informação e estelionato. Caso sejam condenados, as penas podem chegar a mais de 10 anos de reclusão.