A presidente tem uma receita nas mãos que pode render ao Governo perto de R$20 bilhões no orçamento de 2016, e que poderia reduzir o rombo estimado em R$30 bilhões.
Neste fim de semana, Dilma Rousseff convocou ministros, preparou documentação de cortes, mas a parte da redução de ministérios vai ter que esperar o retorno do vice-presidente Michel Temer, que está em viagem internacional.
Dentre os cortes que já estão definidos, estão os programas sociais, cargos comissionados e redução da frota de carros oficiais, que o governo não tem o controle de quantos são, e do que fazem.
Nos programas sociais estão previstos cortes na educação, na saúde, na moradia popular e na reforma agrária, e bastou preparar a planilha para eliminar despesas que movimentos sociais como o dos Trabalhadores Rurais Sem Terra já começaram a se mexer para não esvaziar o próprio caixa. O MST divulgou nota na sexta-feira reconhecendo a crise econômica, mas rechaçando a ideia de que os trabalhadores sejam chamados a pagar a conta. A nota do movimento exige de Dilma a imediata implementação do programa que elegeu a candidata do PT.
Outra área que o Governo pode perder apoio, é no Movimento Estudantil, que até agora tem ficado calado. Os estudantes prometem voltar as ruas, não para defender o governo, mas agora para cobrar mais investimentos na educação.
As reuniões deste fim de semana ajudaram o Governo a passar um pente fino nos gastos dos ministérios que serão poupados.
Dilma mandou dar prioridade a contagem dos veículos oficiais. Parte da frota é de empresas terceirizadas, e seria devolvida o quanto antes. A presidente gostou da ideia de que seja criado um aplicativo para o transporte do servidor federal que estiver à serviço.
Confira os detalhes no flash de Romoaldo de Souza: