Política

Dilma anuncia corte de 8 ministérios, 30 secretarias e 3 mil cargos comissionados

A presidente Dilma também anunciou o nome de novos ministros e a redução de salários

Da Agência Brasil
Da Agência Brasil
Publicado em 02/10/2015 às 11:36


A presidenta Dilma Rousseff acaba de anunciar a reforma ministerial que reduz o número de ministérios e secretarias do governo. A nova configuração ministerial, finalizada ontem (1°) com a ajuda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclui a extinção e fusão de pastas e a realocação de titulares dos ministérios. Segundo ela, o governo vai reduzir 30 secretarias nacionais em todos os ministérios e 20% os gastos de custeio e 3 mil cargos comissionados.

No novo desenho da equipe, o PMDB teve ampliado de seis para sete o número de pastas. Entre os ministérios que o partido passa a comandar estão o da Saúde, com o deputado Marcelo Castro (PI), e o da Ciência e Tecnologia, com Celso Pansera (RJ). Helder Barbalho, que estava no Ministério da Pesca e Aquicultura, vai para a Secretaria de Portos. A Pesca que era comandado pelo PMDB foi fundida com outras pastas. O partido mantém o comando das pastas de Minas e Energia (Eduardo Braga), Agricultura (Kátia Abreu), Turismo (Henrique Eduardo Alves), Aviação Civil (Eliseu Padilha).

Na reforma, ministério liderados pelo PT mudaram de comando. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, deixa o cargo e retorna ao Ministério da Educação. Jaques Wagner, atual ministro da Defesa, assume a Casa Civil.

O Ministério da Defesa passa para Aldo Rebelo, do PCdoB, que comandava o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Os ministérios do Trabalho e da Previdência foram fundidos e serão comandados pelo petista Miguel Rossetto, que deixa a Secretaria-Geral da Presidência.

Novas pastas foram criadas com fusões de outras, como o Ministério da Mulher, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, que vai reunir as secretarias de Direitos Humanos; de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e de Políticas para Mulheres. O novo ministério será comandado por Nilma Lino, que estava na Seppir. A Secretaria-Geral se uniu à de Relações Institucionais e passa a ser chamada Secretaria de Governo, sob comando de Ricardo Berzoini, que deixa o Ministério das Comunicações.

O PDT perdeu o Ministério do Trabalho e deve ficar com o Ministério das Comunicações, sob o comando do líder do partido na Câmara, André Figueiredo.

A Secretaria de Micro e Pequena Empresa, hoje comandada por Guilhereme Afif Domingos, do PSD, foi incorporada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O Gabinete de Segurança Institucional perdeu o status de ministério, e a Secretaria de Assuntos Estratégicos será extinta.

A estratégia da composição levou em conta a influência política dos novos ministros no Congresso Nacional para fortalecer o governo na aprovação de medidas como as do ajuste fiscal. Entre a bancada governista no Congresso, a expectativa é de que o anúncio traga sinalização positiva ao mercado.

Desde a semana passada, a presidenta se reuniu diversas vezes com ministros da articulação política do governo, com o vice-presidente Michel Temer, que também é presidente do PMDB, e lideranças do partido e de outras legendas em busca do melhor desenho para a nova equipe. Também teve reuniões com o ex-presidente Lula, que participou das discussões sobre a formação da nova equipe.