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Uma comissão de vereadores da Câmara do Recife vai entrar na próxima semana com uma representação no Ministério Público pedindo a anulação das eleições para conselheiro tutelar. A decisão foi tomada depois de uma audiência pública, presidida pela vereadora Marília Arraes, realizada na manhã desta sexta-feira (16) no plenarinho da Casa Doutor José Mariano, no bairro da Boa Vista.
O debate foi acalorado com tumulto entre os conselheiros eleitos e não eleitos. A vereadora faz um balanço da reunião. “Apesar de ter sido um pouco tumultuada ou bastante tumultuada pelos próprios candidatos a conselheiros e conselheiros eleitos a gente conseguiu apurar um material bastante importante”, disse. O secretário executivo de Direitos Humanos e o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) participaram da audiência.
Confira os detalhes na reportagem de Lélia Perlim:
Marília Arraes ainda detalha o que vai ser feito pela comissão de vereadores, favoráveis a anulação do pleito, ocorrido no último dia quatro. “Nós vamos entrar com representação no Ministério Público e na própria justiça para que esse pleito seja anulado na maior brevidade possível, para que a gente possa proceder com novas eleições e eleger justamente os conselheiros tutelares”, destacou. “A gente precisa defender é a democracia”, concluiu.
Um dos conselheiros não eleito, José Alberto da Silva, responsável pelo dossiê que também foi entregue ontem à promotoria da infância e juventude do ministério público pede a legalidade do processo.
No documento, foram anexados fotos e depoimentos de candidatos e eleitores afirmando a existência de várias irregularidades antes, durante e após as eleições, como o sumiço de urnas, a compra de votos e a declaração pública de apoio à candidatos por parte de vereadores do Recife. Ainda não há previsão de data para que o Ministério Público de Pernambuco se manifeste quanto às denúncias.