IRREGULARIDADES

Comissão de vereadores do Recife entra na justiça para anular eleições do conselho tutelar

A decisão foi tomada depois de uma audiência pública, presidida pela vereadora Marília Arraes

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 16/10/2015 às 14:37

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A decisão foi tomada depois de uma audiência pública,
presidida pela vereadora Marília Arraes

Uma comissão de vereadores da Câmara do Recife vai entrar na próxima semana com uma representação no Ministério Público pedindo a anulação das eleições para conselheiro tutelar. A decisão foi tomada depois de uma audiência pública, presidida pela vereadora Marília Arraes, realizada na manhã desta sexta-feira (16) no plenarinho da Casa Doutor José Mariano, no bairro da Boa Vista.

O debate foi acalorado com tumulto entre os conselheiros eleitos e não eleitos. A vereadora faz um balanço da reunião. “Apesar de ter sido um pouco tumultuada ou bastante tumultuada pelos próprios candidatos a conselheiros e conselheiros eleitos a gente conseguiu apurar um material bastante importante”, disse. O secretário executivo de Direitos Humanos e o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) participaram da audiência.

Confira os detalhes na reportagem de Lélia Perlim:

Marília Arraes ainda detalha o que vai ser feito pela comissão de vereadores, favoráveis a anulação do pleito, ocorrido no último dia quatro. “Nós vamos entrar com representação no Ministério Público e na própria justiça para que esse pleito seja anulado na maior brevidade possível, para que a gente possa proceder com novas eleições e eleger justamente os conselheiros tutelares”, destacou. “A gente precisa defender é a democracia”, concluiu.

Um dos conselheiros não eleito, José Alberto da Silva, responsável pelo dossiê que também foi entregue ontem à promotoria da infância e juventude do ministério público pede a legalidade do processo.

No documento, foram anexados fotos e depoimentos de candidatos e eleitores afirmando a existência de várias irregularidades antes, durante e após as eleições, como o sumiço de urnas, a compra de votos e a declaração pública de apoio à candidatos por parte de vereadores do Recife. Ainda não há previsão de data para que o Ministério Público de Pernambuco se manifeste quanto às denúncias.