SISTEMA PRISIONAL

Diretor de presídio é apedrejado e reeducando sai baleado em tumulto no Complexo Prisional do Curado

As três unidades do Complexo Prisional do Curado têm capacidade para 1.800 presos, mas abrigam cerca de 7.000 detentos.

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 16/10/2015 às 7:08
Foto: Diego Nigro/Arquivo JC Imagem

Reportagem de Gabriel Almeida

Na Presídio Aspirante Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), que faz parte do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, o diretor da unidade Carlos Alberto Cordeiro, levou uma pedrada no rosto após conter uma briga entre os presos. Ele foi encaminhado para o Hospital Otávio de Freitas, no Bairro de Tejipió e de lá foi transferido para o Hospital da Restauração, onde se submeteu a uma tomografia e vai passar por cirurgia no olho esquerdo.

Pouco tempo depois, uma briga entre detentos terminou em tumulto no Presídio Juiz Antônio Lins de Barros (Pjalb). Na confusão, um dos envolvidos foi ferido por disparos de arma de fogo. A Secretaria de Ressocialização não soube informar se o tiro foi efetuado por um preso ou por um agente penitenciário. Ainda de acordo com a Seres, ele foi atingido de raspão em um dos braços, foi atendido em um Hospital do Recife e passa bem.

A reportagem da Rádio Jornal esteve no Complexo do Curado. De acordo com uma mulher que não quis gravar entrevista, os presos foram identificados como netinho da barbearia, autor do disparo e Felipe de Gaibu. Ela recebeu as informações, por telefone, de dentro do próprio presídio.

As três unidades do Complexo Prisional do Curado têm capacidade para 1.800 presos, mas abrigam cerca de 7.000 detentos. Em setembro, o Governo de Pernambuco foi julgado pela Organização Dos Estados Americanos (OEA) por denúncias de desrespeito aos direitos humanos. A Corte Internacional pediu que Pernambuco tome providência sobre superlotação e maus tratos em presídios.