POLÍTICA

Cunha diz que não renuncia, mas quer seguir com impeachment contra Dilma

A presidente da República, que está na Suécia, disse que denúncias contra o presidente da Câmara são lamentáveis

Da Rádio Jornal
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Publicado em 20/10/2015 às 8:38
Foto: Agência Brasil

Em mais um capítulo desta crise política que se arrasta desde o início do ano, a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, trocam farpas desde esta segunda-feira (19). Em viagem à Suécia, a mandatária respondeu às perguntas dos repórteres sobre as acusações de corrupção contra o deputado, que rebateu às declarações da governante.

A briga começou quando Dilma disse lamentar que as denúncias sejam “com um brasileiro”. Em resposta, o ex-líder do PMDB na Câmara lamentou “ser com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo”.

Ouça a reportagem de Romoaldo de Souza:

Investigado por envolvimento no escândalo da Petrobrás, Cunha continua afirmando que não vai renunciar. O parlamentar também recorreu ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) para retirar as sentenças provisórias dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, que suspenderam o mecanismo planejado pelo presidente da Câmara para determinar o andamento dos pedidos de impeachment da presidente Dilma.

Na semana passada, Cunha fez um acordo com a oposição para dar continuidade ao trâmite. Por esse acordo, ele rejeitaria um dos pedidos, protocolado pelo fundador do PT, Hélio Bicudo, e pelo jurista Miguel Reale Júnior, para que os políticos oposicionistas entrassem com um recurso no plenário pedindo a votação pelo Congresso. Ainda era prevista a indicação por Cunha de membros da comissão especial que analisaria o pedido de impeachment, além da possibilidade de se adicionarem novas acusações à solicitação apresentada por Bicudo e Reale. O procedimento foi contestado no Supremo pelos deputados Paulo Teixeira e Paulo Pimenta, ambos do PT, e atendido pelos ministros da instância máxima do poder Judiciário.