A família do psicólogo José Marcelino da Silva, de 44 anos, morto em um acidente de ônibus na província de Abancay, no Peru, tenta trazer o corpo do pernambucano para ser enterrado no Brasil. José Marcelino faleceu na última terça-feira (3) e desde então parentes e amigos já procuraram o consulado brasileiro no Peru, a Polícia Federal, a prefeitura do município de Jaboatão dos Guararapes, onde residia a vítima, e deputados pernambucanos.
De acordo com a irmã de Marcelino, Nezilda Silva, de 49 anos, representantes do consulado mandaram e-mail para ela e afirmaram que o psicólogo estava a oito dias no país latino americano sem o seguro de viagem e que sem esse seguro não há como pagar a vinda do corpo para o estado de Pernambuco. Nezilda relata as informações do e-mail e diz que o governo do Peru ofereceu enterrar o psicólogo lá. “Eu recebi um e-mail me comunicando funerárias para eu fazer um orçamento de quanto custaria esse traslado. O que ele me disse foi que o consulado não tinha cotação para fazer custear esse traslado”, explicou, dizendo ainda que o governo peruano ofereceu como uma das alternativas, enterrar Marcelino no país, mas como indigente.
Os detalhes na reportagem de Clarissa Siqueira:
Para a irmã da vítima o único desejo é que Marcelino, que foi monge e saiu do mosteiro de São Bento para trabalhar e cuidar da mãe, seja enterrado em Jaboatão dos Guararapes.
De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos de Pernambuco, uma reunião com a família do psicólogo morto no acidente foi marcada para esta sexta-feira (6) à tarde, numa tentativa de encontrar soluções para o empasse. Além do psicólogo outras duas pessoas de nacionalidade peruana morreram no capotamento do ônibus, que deixou outras 20 feridas. Ainda não se sabe a causa do acidente.