SAÚDE

Com surto de microcefalia em bebês, onda de pânico começa a tomar conta das grávidas

Apenas este ano, Pernambuco já registrou 141 casos da má formação. Média anual é de 10 casos no Estado

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 13/11/2015 às 7:42


Durante entrevista coletiva realizada nessa quinta-feira (12), diretor de vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, deu um tom de gravidade ao aumento de casos de microcefalia em bebês nordestinos e, em especial, aos números pernambucanos. Ainda não se sabe a causa da deformidade, mas o surto pode estar ligado ao zyka vírus.

Neste ano, Pernambuco já registrou 141 casos, quase 15 vezes a média registrada nos últimos quatro anos, que foi de 10 casos. A incidência também aumentou em Sergipe, com 49 casos, e no Rio Grande do Norte, com 22. Foi declarado estado de emergência sanitária.

Sobre a prevenção à má formação, Cláudio Maierovitch declarou que as mulheres de Pernambuco devem adiar os planos de gravidez enquanto não se descobre as causas do problema. “Não engravidem agora”, sugeriu.

O governador Paulo Câmara diz que está acompanhando a evolução do número de caso e fala das atitudes tomadas no estado. “Isso precisa ser muito bem investigado para vermos as causas e, ao mesmo tempo, ver o que isso pode afetar no futuro”, diz.

Enquanto isso, a aflição das famílias com os casos já comprovados de microcefalia só aumenta. A má formação é caracterizada pelo baixo tamanho do perímetro craniano. O normal é que um bebê saudável tenha uma circunferência de 34 a 37 centímetros. Os bebês que nascem em idade gestacional correta e tem menos de 33 centímetros são considerados afetadas pela condição neurológica.
A dona de casa Silvana Nascimento é avó de um bebê que nasceu com a má formação. Ela diz que a criança está bem e que foi encaminhada para tratamento no Hospital Oswaldo Cruz: