O mundo amanheceu de luto pelas vítimas do que já é considerado o maior ataque terrorista da história da capital da França, Paris.
Ataques coordenados em vários pontos da Cidade Luz deixaram 129 mortos e 352 feridos, 99 dos quais estão em estado grave, segundo números oficiais. O Estado Islâmico reivindicou a autoria dos atentados terroristas. O balanço foi divulgado em entrevista coletiva pele procurador de Paris, François Molins
A noite dessa sexta-feira (13), 13 de novembro, vai entrar na história pelo caos e o banho de sangue de inocentes. Além do ataque com armas potentes, três explosões, praticamente simultâneas foram próximas ao Stade de France.
No momento jogavam França e Alemanha numa partida amistosa e depois do apito final parte do público ficou por vários minutos no gramado.
O estudante universitário Bruno Duarte ouviu no estádio o barulho das explosões dos homens bomba. “As coisas estão um pouco mais calmas, por que todas pessoas estão em suas casas. Essa foi a ordem do presidente. Até então, pelo que a gente sabe, ainda existem terroristas pelas ruas espalhados”, comentou o estudante.
Ele está há três meses na França para estudar. Ele estuda engenharia civil. Segundo Bruno, no momento das explosões, os seguranças do estádio pediram para que o público mantivesse a calma pois não era “nada demais”. “Inicialmente, nós ficamos sabendo que era apenas um homem que tinha entrado num restaurante e tinha atirado contra sete pessoas. A gente não sabia que era um ataque daquele tamanho”, relatou Bruno.
Ele conversou com Wagner Gomes, na manhã deste sábado (14). Confira a entrevista:
Os terroristas agiram também num bar, num restaurante e na casa de shows Bataclan onde mais de cem pessoas foram assassinadas.
A prefeitura de Paris decretou estado de emergência e o governo francês determinou o fechamento das fronteiras.
Dois brasileiros ficaram feridos no atentado que atingiu a casa de show Bataclan. O Consulado-Geral do Brasil em Paris divulgou o número de telefone para os brasileiros que estão situados naquele país. O telefone de plantão é: +33 6 80 12 32 34; o órgão também atende pelo Facebook ou pelo e-mail [email protected].
De acordo com o consulado, os funcionários da entidade fazem uma triagem das vítimas, devido ao contingente de chamadas para que a instituição recebe.
Em janeiro deste ano, extremistas invadiram a sede da redação do jornal Charlie Hebdo, em Paris, e assassinaram doze pessoas, a maioria jornalistas.