Vinte e sete pessoas morreram durante um ataque terrorista, na manhã desta sexta-feira (20), a um hotel de luxo, na cidade de Bamako, capital do Mali, na África. Cerca de 10 terroristas ligados à Al-qaeda invadiram o hotel e fizeram 170 pessoas reféns. O sequestro terminou no início desta tarde. A polícia invadiu o local e o cerco durou 8 horas.
O embaixador do Brasil em Mali, João Alberto Dourado Quintaes, falou do clima de insegurança na cidade. Ele fez o relato, por telefone, com exclusividade para a Rádio Jornal. “Desde de manhã cedo um grupo terrorista conhecido aqui no Mali enviou um grupo para o hotel e fizeram, após um tiroteio no hall do hotel, reféns”, relatou Quintaes.
Confira a entrevista com o embaixador:
Segundo ele, dos 170 reféns, 140 eram turistas. “As forças especiais de segurança do país invadiram o hotel e conseguiram resgatar ao menos 80 reféns”, disse. “A cidade está paralisada. Há barreiras da polícia e do exército por toda parte. Recomenda-se a não circulação, não só pela cidade, com por todo o país”, frisou o embaixador, apontando ainda que o Mali é um país extremamente visado nessa guerra contra o terrorismo.
“Há grupos que têm ligação com o Estado Islâmico atuando no norte do país, mas as últimas especulações dizem respeito de que se trata de um grupo ligado à Al-qaeda e comandaria esse ataque”, apontou o embaixador do Brasil em Mali. Ele disse que a cidade concentra mais ou menos 15 brasileiros, na maioria, pastores evangélicos e suas famílias. “Estão todos bem”, acalmou ou embaixador.
No hotel, estavam turistas franceses, alemães, argelinos, americanos e turcos. Em nota, o governo francês disse que condena os ataques terroristas e que vai caçar os jihadistas.