O Conselho Regional de Medicina (Cremepe), no bairro das Graças, ouviu na tarde desta segunda-feira (23), a viúva do médico Arthur Eugênio, Carla Azevedo, e o médico Cláudio Amaro Gomes.
Carla é parte no processo administrativo aberto no Cremepe que investiga o médico Cláudio Amaro Gomes, apontado pela polícia como um dos mandantes do assassinato de Arthur Eugênio, ocorrido em 12 de maio de 2014. O Conselho apura se Cláudio Amaro infringiu normas éticas da profissão. Se for confirmada a denúncia, o cirurgião pode ter o registro médico cassado.
Antes de ser ouvido, Cláudio Amaro, que deixou o Cotel, em Abreu e Lima, para prestar depoimento no Cremepe, conversou com a imprensa antes de entrar no prédio. “Eles fazem uma série de acusações que são infundadas. Na realidade, esse procedimento, esse processo não deveria nem ter sido considerado. Mas a partir do momento que eles fizeram algumas denúncias que são descabíveis, sem nenhum nexo, sem nenhuma razão de ser, cabe a mim, pontualmente, responder todas elas”, disse, afirmando que só iria dizer a verdade.
Confira no flash de Lélia Perlim:
O médico Cláudio Amaro Gomes e o filho dele, Cláudio Amaro Gomes Junior, são acusados de planejar a morte do cirurgião Arthur Eugênio. A vítima teria sido arrastada por dois homens na entrada do prédio onde morava no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O corpo dele só foi encontrado no dia seguinte com marcas de tiro, às margens da BR-101, em Jaboatão dos Guararapes. O carro de Arthur foi queimado e abandonado no bairro da Guabiraba, na Zona Norte do Recife. As investigações apontam que o crime foi cometido por divergências profissionais entre os dois médicos.