DILMA NO RECIFE

Em encontro no Recife, Dilma afirma que pedido de impeachment fere democracia

O objetivo da visita foi definir um plano de enfrentamento ao Aedes Aegypti. A presidente também falou sobre a saída do ministro Eliseu Padilha

Da Rádio Jornal
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Publicado em 05/12/2015 às 17:18
Foto: Ísis Lima | Rádio Jornal


A presidente Dilma Rousseff visitou Pernambuco neste sábado (5) para apresentar o plano de enfrentamento à microcefalia. A reunião contou com o governador Paulo Câmara, ministros e prefeitos do estado, mas foi notada a ausência do prefeito do Recife, Geraldo Julio. No entanto, a presidenta não anunciou nenhuma liberação de verbas para aplicar no controle do problema, mas garantiu que, quando for necessário, vai liberar o apoio financeiro. "Vamos garantir gastos do governo nesta questão, pelo menos, por parte do governo federal. Quero crer que também por parte dos municípios e dos estados será tomada a mesma providência", disse.

Após o aumento no número de recém-nascidos com microcefalia, ficou comprovado que o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti é causador da anomalia. Por este motivo, campanhas de conscientização estão sendo realizadas para controlar e combater a proliferação do agente transmissor também da dengue e da chicungunha.

Sobre o pedido de impeachment, a presidenta disse que está tranquila e voltou a afirmar que não existem elementos para a medida. "Não cometi nenhum ato ilícito e não usei indevidamente o dinheiro público. Não tenho nenhum recurso que recebi de qualquer processo (...) e nunca depositei dinheiro na Suíça, não tenho acusação de espécie alguma", afirmou.

Com relação a acusação de pedalas fiscais em 2015, ela estranhou, já que o ano nem acabou. Dilma ressaltou que recomendação do TCU sobre as contas de 2014 não é definitiva, o que não serviria de base para o pedido de impeachment e afirmou que não recebeu o pedido de saída do ministro Eliseu Padilha (PMDB), que entregou carta de demissão ao ministro-chefe da casa civil, Jaques Wagner. "Ninguém sabe se minhas contas serão ou não aprovadas. Até o meu julgamento no TCU era absolutamente legal as práticas que me acusam. É importante que as questões sejam colocados nos devidos termos", afirmou.

Mesmo com a situação cada vez mais delicada com o PMDB, Dilma reforçou que confia no vice-presidente, Michel Temer.

Confira a reportagem de Ísis Lima: