Um importante projeto para o Brasil e o mundo deve ser iniciado nos próximos 10 ou 15 dias aqui em Pernambuco na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O estudo caso controle da microcefalia vai identificar características e fatores que contribuem para os números alarmantes da má formação craniana em bebês.
Fatores genéticos, ambientais e alterações comportamentais de outros vírus, além de Zika, serão investigados, explica a pesquisadora da Fiocruz, Celina Turchi. “Ela permite identificar características, os espectros dos casos e, além disso, avaliar fatores de risco de exposição entre o grupo que tem microcefalia com criança que não tiveram e que são da mesma área dos casos”, disse.
Confira os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:
O grupo formado por 15 integrantes vai acompanhar dentro das maternidades com o maior número de casos, 600 crianças. Duzentas crianças nascidas com microcefalia e 400 saudáveis vão ter o sangue do cordão umbilical coletados. As mães também vão ser fazer parte do estudo com coleta do sangue e respostas a um formulário.
O Caso Controle receberá o suporte do Departamento de Virologias Especiais da Fiocruz, chefiado pelo pesquisador Rafael França. Nele todo o material coletado vai ser analisado. “Nós vamos receber amostras do estudo e nós vamos processar laboratorialmente para detectar a presença do vírus Zika ou não, nessas amostras. Desse estudo é importante a gente correlacionar a microcefalia, a sintomatologia da doença com a presença ou não do vírus naquela amostra. Então, laboratorialmente, a gente só vai poder dizer se o vírus está presente ou não”, concluiu.